Sob coordenação, pesquisa e organização de Tereza Luiza Ferreira dos Santos, Chefe do Serviço de Sociologia e Psicologia da Fundacentro, acaba de ser elaborada uma “Atualização de Levantamento Bibliográfico sobre o Coletor de Lixo”, no período compreendido entre 1996 e 2014.
A necessidade de atualizar as referências bibliográficas sobre o tema partiu da observação da pesquisadora quanto à produção nacional. Para Tereza, uma grande diferença existente antes de 1996 é que pouco se falava do coletor de lixo e sim sobre resíduos.
Esta preocupação é compatível com o nosso sistema de coleta que se chama porta a porta onde se nota o intenso esforço físico, o levantamento de peso e a marcha acelerada. Em outros países, predomina o sistema de coleta conteinerizada que protege o trabalhador dos resíduos, do ritmo acelerado, etc.
“Deveria haver mais investimento em pesquisas sobre gestão de resíduos, processos de trabalho, questões psicossociais, pois é preciso sair do preconceito e da exclusão social”, ressalta a pesquisadora. Para Tereza, a adoção de campanhas educativas para a população é fundamental, pois esta atividade é desenvolvida com os resíduos da própria comunidade.
A coleta de dados foi realizada no período de agosto a dezembro de 2014, através de consulta a fontes de dados diversas: Google Acadêmico, LILACS, SCIELO, BIREME. A seleção do material foi realizada utilizando como critério a busca e seleção de artigos científicos brasileiros publicados em periódicos brasileiros e papers de trabalhos apresentados em eventos nacionais.
Do material pesquisado foram selecionadas 42 comunicações científicas (artigos científicos e publicações de anais) no período de 1996 a 2014, sendo a maior produção nos anos de 2008, 2009 e 2011.
Os estados onde mais se produziu pesquisas e publicações, foram São Paulo (em primeiro lugar), seguido de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Ceará. Outras informações foram incluídas no levantamento bibliográfico que incluem a concentração dos estudos distribuídos por área de conhecimento e por periódicos.
Fonte: Fundacentro
