Fisioterapeuta avalia postura incorreta e ocorrência de dor entre violinistas profissionais

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A relação entre músicos e dores musculoesqueléticas é cada vez mais comum, explica fisioteraupeta
A relação entre músicos e dores musculoesqueléticas é cada vez mais comum, explica fisioteraupeta

Para fazer parte de uma orquestra, o músico, independente do instrumento, precisa atingir alto nível técnico e musical. Isso significa muita persistência, esforço e dedicação, traduzidos em longas horas diárias de estudos, treinos e ensaios, com rápidas pausas e pouco descanso. Especialistas alertam, no entanto, que a prática excessiva pode afetar a saúde desses profissionais. Uma pesquisa feita nos Estados Unidos com quatro mil músicos de instrumentos de cordas (violino, violoncelo e contrabaixo), por exemplo, mostrou alta prevalência de dores musculoesqueléticas em 84% dos entrevistados. O levantamento mostrou ainda que 76% sofriam de sintomas acentuados o suficiente para comprometer seus desempenhos.

Com o objetivo de entender a realidade do trabalho de quem faz da música erudita o seu ofício, a fisioterapeuta Fabíola dos Santos realizou um estudo inédito com 38 violinistas universitários e profissionais de orquestras da cidade de São Paulo, com idades entre 18 e 41 anos. Ela avaliou, além da postura e ocorrência de dor, outros aspectos que também afetam a saúde física e mental desses músicos, como a pressão psicológica presente na atividade. “A relação entre músicos e dores musculoesqueléticas é cada vez mais comum em centro de estudos musicais, como universidades e orquestras”, explica a especialista. Ela lembra que essa incidência tem chamado a atenção de profissionais da área de saúde por incapacitar o músico a exercer a sua atividade e levá-los a abandonar a profissão.

Segundo a fisioterapeuta, a elevação do ombro para manejar o arco do violino, combinado com movimentos rápidos, repetitivos e complicados das mãos e dedos, durante longos períodos, causa desconforto e dores, o que o músico procura ignorar para não interferir na execução do instrumento e comprometer a sua participação na orquestra. Fabíola destaca que os violinistas não levam em conta a importância da prevenção, acham que a dor faz parte do trabalho e muitas vezes só procuram auxílio médico quando o desconforto é insuportável ou já apresentam alguma lesão.

Na edição desta semana do podcast Podprevenir, Fabíola dos Santos dá mais detalhes sobre o estudo e explica o que pode ser feito para minimizar o problema. A entrevista está disponível no endereço www.podprevenir.com.br, também na versão mobile.

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