A poluição do ar, gases e fumo afetam o nosso organismo ocasionando uma variedade de doenças respiratórias
Nos dias atuais, é fato que passamos a maior parte das nossas vidas no trabalho. Mas até que ponto o ambiente corporativo é realmente saudável? No que tange ao nosso aparelho respiratório, a extensa gama de partículas nocivas ou a exposição a vapores, fumaças ou gases, pode ocasionar ou agravar problemas como rinite, sinusite, asma, bronquite, pneumopatias, entre outros.
Dentre as mais variadas doenças respiratórias relacionadas ao trabalho, a mais comum é a asma ocupacional, ou seja, aquela que se manifesta como consequência do contato com substâncias tóxicas. Dados estatísticos estimam que cerca de 1,3 milhão de brasileiros têm asma causada ou agravada por condições de trabalho e 900 mil brasileiros apresentam DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), também desencadeada por ambientes insalubres. “Muitas doenças ocupacionais respiratórias são maximizadas ou ocasionadas devido à exposição a agentes específicos. Essa exposição é preocupante, mas é possível ser controlada e prevenida, se forem tomados os cuidados necessários”, ressalta a gerente médica da unidade MIP do Aché Laboratórios Farmacêuticos, Dra. Talita Poli.
A falta de medidas corretivas no ambiente de trabalho é um dos maiores complicadores para combater as doenças do trato respiratório. Se realizadas, além de prevenir problemas, por meio de proteção coletiva eficiente, como o controle em relação à exposição às substâncias nocivas, podem diminuir os riscos e os danos de enfermidades já adquiridas.
Dra. Talita destaca a importância das empresas cumprirem algumas normas regulamentadoras de higiene e saúde ocupacional. “O primeiro passo é avaliar os riscos, identificando os perigos que podem comprometer a saúde dos trabalhadores. É recomendado também elaborar um plano de proteção respiratória, a fim de se evitar processos de trabalho com produção de poeiras, aerossóis ou vapores, além do controle das emissões de poluentes por meio de encapsulamento, ventilação ou exaustores de fumos”, contemporiza.
MANUTENÇÃO EM DIA
Os sintomas mais comuns nos trabalhadores acometidos pela influência do ar dentro de uma empresa são o ressecamento da mucosa nasal, olhos lacrimejantes e irritados e dores de cabeça. As causas desses males podem ser derivadas, por exemplo, de manutenções inadequadas nos sistemas de ar-condicionado, aquecimento e ventilação do ambiente interno. “Esses problemas podem ser provocadas por bactérias e fungos presentes em diversos locais, dentre eles, filtro do ar-condicionado, produtos químicos dispersos no ar ou até mesmo a poeira depositada em cortinas, persianas e carpetes”, pontua Dra. Talita.
Nesses casos, é fundamental que as empresas façam manutenções constantes nos aparelhos, programando a limpeza periódica dos sistemas de climatização, além, é claro, de manterem a higiene do ambiente em dia, a fim de evitar sujeira e a proliferação de microrganismos, ácaros e fungos.
Independente disso, outra parte dos cuidados com a saúde também devem partir do colaborador, que, com medidas simples, pode manter em dia o funcionamento do sistema respiratório. A principal medida compreende a lavagem nasal diária com solução de cloreto de sódio (0,9%), que tem ação fluidificante e descongestionante das secreções nasais; pode ser feito uso, em casos de gripes ou resfriados, de medicamentos à base de maleato de bronfeniramina com cloridrato de fenilefrina, que juntos, descongestionam e diminuem a secreção nasal. Outras medidas gerais devem ser lembradas: alimentar-se bem, ingerir bastante água, deixar os ambientes sempre ventilados e limpos e, claro, ir ao médico regularmente.
