Animaseg aponta queda de 17% nos setores de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Coletiva (EPCs)
Para 2021, diretor executivo da Associação prevê crescimento depois que a população se conscientizou da importância da segurança durante a pandemia
Nunca os EPIs (Equipamentos de Proteção Individuais) e EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva) estiveram tanto em evidência. A pandemia da Covid-19 trouxe à tona a preocupação e os debates sobre segurança e a doença criou hábitos até então impensáveis, como uso de máscaras e de protetores faciais. Mesmo assim, o setor equipamentos de segurança e proteção deve fechar 2020 com queda de 17% em comparação a 2019, quando movimentou R$ 10,32 bilhões.
Para Raul Casanova, gerente executivo da Animaseg (Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho), que representa os fabricantes desses equipamentos, somente as empresas que produzem EPIs para a área de saúde e cilindros de oxigênio devem superar os volumes de negócios do ano passado. De acordo com o dirigente, no entanto, esse segmento representa apenas cerca de 20% do setor no país.
“A maior parte das empresas produz equipamentos de proteção de trabalhadores em geral como botas especiais, luvas, capacetes. E como a pandemia trouxe paralisação total dos negócios, com exceção da área da saúde, as vendas desses equipamentos também pararam”, lembra Casanova.
Do otimismo à frustração
Depois de enfrentar uma crise entre 2014 e 2016, Casanova lembra que os fabricantes de equipamentos de proteção individual e coletiva viram melhoras a partir de 2017. “Dessa forma, iniciamos 2020 com otimismo”, afirma. “Tudo indicava que seria um ótimo ano, com uma recuperação muito grande”. Mas, com a pandemia a partir de março a situação mudou. “Se por um lado nunca se falou tanto em equipamento de proteção individual, por outro o isolamento social trancou as pessoas em casa e fechou as empresas”, recorda.
Depois agosto, com o retornou gradual das atividades econômicas, Casanova viu o setor retomar os negócios e voltar a crescer. “A verdade é que muito desse crescimento se deve às exigências que as regulamentações governamentais vêm fazendo mediante o fortalecimento da conscientização em todo o mundo da importância de garantir a segurança e a saúde do trabalhador”, analisa. “E do outro lado, o trabalhador também aprendeu a valorizar os EPIs, o que refletirá nos nossos negócios a partir de agora”.
Desta forma, o executivo prevê que haverá melhorias no próximo ano. “Há muito sabemos que o setor tem um potencial de crescer quatro vezes mais. Mas não atingimos esse patamar por fala de conscientização das empresas e dos trabalhadores. Mas com a mudança da visão das pessoas durante a pandemia sobre a importância da segurança isso pode mudar”.
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