Comitês Sindicais de Empresas e Cipas garantem a segurança e a saúde dos metalúrgicos

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Com quase 2,5 milhões de trabalhadores em todo o Brasil, a categoria dos metalúrgicos é celebrada em 21 de abril com o Dia do Metalúrgico. Setor de grande importância para o desenvolvimento econômico do país, a metalurgia também teve grande influência na evolução da Saúde e Segurança do Trabalho. E hoje os Comitês Sindicais de Empresas (CSE) e as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipas) trabalham juntos na busca constante da melhoria das condições de trabalho nas metalúrgicas.

Para Claudionor Vieira, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o setor possui uma realidade muito diferente a de outras categorias devido à parceria dos CSEs com as Cipas. “Criados na década de 1990, os Comitês Sindicais de Empresas são fundamentais para garantir a saúde do trabalhador, pois auxiliam na cobrança da disponibilização de equipamentos de segurança e o uso por todos”, afirma.

Para isso, o Sindicato realiza cursos de formação para os chamados “cipeiros”, trabalhadores que integram as Cipas. “É importante também que os dirigentes sindicais dos CSEs estejam sempre capacitados, e a formação tem papel fundamental neste processo para assegurar que o trabalho seja eficaz”.

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Com a pandemia, Vieira reconhece a dificuldade em manter os cursos. Mas entende que a experiência acumulada em 30 anos de organização tem ajudado nesse período. “Os cipeiros mais antigos têm auxiliado os mais novos e esse trabalho de fiscalizar a segurança dos metalúrgicos continua”, garante.

O dirigente reconhece, no entanto, que ainda existem empresas que resistem em reconhecer os comitês. “Mantemos um canal de comunicação constante com todos, mas temos empresas que não compreendem que o papel do Comitê e da Cipa é importante também para suas imagens, além, claro, do fator humano”.

Uso de EPIs é a preocupação

Vieira lembra que os cipeiros e os sindicalistas dos Comitês são os chatos das fábricas. Além de cobrarem das diretorias das empresas, também atuam no chão de fábrica exigindo o uso dos equipamentos. “Eles também orientam o uso correto dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), e ficam de olho para ver se estão sendo usados”, afirma. “Também fazemos campanhas de proteção falando sobre a importância da utilização desses equipamentos”.

No entanto, a produção nas metalúrgicas provoca a inevitável exposição de colaboradores a riscos baixos e elevados, lembra o dirigente. “Mas uma vez que todos os funcionários utilizem de forma correta os EPIs, recebendo a devida capacitação pelo setor de segurança do trabalho, os perigos podem ser totalmente controlados”.

Principais EPIs na metalurgia

De acordo com Vieira, por ficarem expostos os ambientes com alta taxa de radiação, emitida pelo aço durante o seu processo de fabricação, e presença de fumaça e partículas em suspensão, o uso dos óculos de proteção é indispensável para os trabalhadores. “Como se trata de uma região muito sensível, os olhos podem sofrer sem a devida proteção”, explica.

O calçado especial também é um item de segurança importante, já que a função vai além da proteção aos pés. Ter um solado antiderrapante é fundamental para um colaborador que trabalha no ramo metalúrgico, pois há ambientes e situações onde uma simples queda pode ocasionar um grave acidente de trabalho.

Já a elevada poluição sonora nos ambientes metalúrgicos é algo impossível de se evitar. São diversos os processos que apresentam impacto entre peças e alta intensidade de barulhos devido ao funcionamento de grandes máquinas. Por isso, recorrer aos protetores auditivos é essencial para permanecer de forma segura nesses locais. Sendo especificada segundo diferentes níveis de isolamento sonoro, a proteção auditiva pode ser realizada tanto por itens mais simples, como o protetor auricular, quanto por aqueles mais completos, como os abafadores de ruídos tipo concha.

O capacete também é um EPI básico para quem trabalha no ramo metalúrgico. Ele isola e mantém a cabeça segura no caso de queda de objetos e obstáculos fixos, protege contra a exposição solar e reduz as chances de choque elétrico em situações onde a cabeça entra em contato com alguma fonte de energia.

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