Modelo de trabalho híbrido, saúde mental e ESG deverão comandar as agendas das empresas ao longo dos próximos meses. Essa é a aposta do Instituto Capitalismo Consciente Brasil (ICCB) frente à continuação da Covid-19 e à necessidade de humanização dos negócios. Para a entidade, a pandemia vai catalisar práticas estruturadas nos pilares propósito, equidade, valores e liderança.
Segundo um estudo da Microsoft, 78% das pessoas em home office estão com desgaste de sua saúde mental, física e emocional. O trabalho em casa, antes tão desejado, tornou-se para muitos “dormir no trabalho”. Para o ICCB, as empresas devem pensar nisso e no que farão no pós-pandemia, quando mais de 80% da população estiver vacinada.
“As empresas precisam ter um líder consciente, que entenda o momento conturbado que estamos vivendo e amenize os problemas que afetam o emocional e o desempenho das pessoas”, afirma Hugo Bethlem, chairman do ICCB. “O senso de comunidade, de pertencimento, e uma cultura forte dentro das companhias é uma das chaves de manter a saúde mental e a produtividade em tempos de isolamento. Mas esse CEO não foi treinado para esse momento e precisa também de ajuda”.
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Sobre a tendência ESG (sigla em inglês para critérios ambientais, sociais e de governança), o ICCB recomenda que as empresas pensem primeiramente em governança, para garantir a veracidade, a transparência e a sustentabilidade de todas as ações no social e, consequentemente, na esfera ambiental. Bethlem ressalta a importância de as companhias olharem inicialmente para dentro. “Pagamos o máximo possível aos nossos colaboradores? Encaramos os desafios de diminuir a desigualdade de gênero, raça, LGBTQIA+, PCD, remuneração, condições de trabalho? Depois de pensar nessas questões e nas pessoas, podemos incluir a comunidade que nos recebeu e da qual fazemos parte”, explica o chairman do Instituto Capitalismo Consciente Brasil.
