Mercado Mundial: uma janela de oportunidades para o Brasil

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Por *Raul Casanova Junior

Na semana de 26 a 29 de outubro de 2021, a ANIMASEG, com seu projeto de promoção das exportações brasileiras de EPIs “Brazilian Safety”, que conta com o apoio da Apex-Brasil, participou da Feira A+A, em Dusseldorf na Alemanha.

Essa é a maior feira de EPIs do mundo e nesta edição, que marcou a retomada das feiras presenciais, contou com 1.204 expositores de 56 países e 25 mil visitantes provenientes de todo o mundo em 10 pavilhões de exposição.

A ANIMASEG esteve presente com um estande de 100 m2, onde seis de nossos associados apresentaram seus produtos e serviços, representando o Brasil diante dos grandes produtores e compradores mundiais.

Tivemos a oportunidade de ter contato com os grandes players mundiais e verificar a potencialidade de nossos produtos nesses mercados, fazendo contatos com empresas fornecedoras de insumos, criando laços comerciais, verificando tendências e oportunidades.

Janela de Oportunidades

Surpreendeu-nos, entretanto, a ausência de expositores e visitantes chineses, sempre em grande maioria em edições anteriores, o que levou as empresas europeias a buscarem alternativas à China.

Também nos causou certa surpresa o comportamento dos visitantes e representantes de empresas europeias, que ao invés de enxergarem o Brasil apenas como mercado consumidor aos seus produtos, como o habitual nos contatos de aproximação, buscavam formas de entrar no mercado brasileiro, mas como alternativa ao fornecimento de EPIs.

Entre as várias manifestações desses comerciais, configurou-se a decepção com o comportamento dos países asiáticos, em especial a China, durante a pandemia quando limitaram suas exportações e aumentaram seus preços, deixando os clientes literalmente “na mão”.

Separação do Reino Unido da Europa

Surpreendeu-nos, também, o comportamento dos países europeus com relação ao Brexit, expressando o sentimento de exclusão do Reino Unido do “time”.

Ponto de inflexão da economia

Assim, conforme nosso entendimento, estamos em um ponto de inflexão da economia da globalização.

Por outro lado, avaliando que não existem muitas opções para os europeus, abre-se uma grande janela de oportunidades aos produtos brasileiros, em especial para os EPIs.

Acreditamos que a mesma tendência deve ocorrer em outros mercados, como de nossos vizinhos e o próprio Brasil, que vinham se abastecendo de produtos asiáticos e tendem a mudar suas estratégias, pelo menos, diversificando seus fornecedores.

Vamos aproveitar essa oportunidade? Ou vamos continuar dormindo em berço esplêndido?

*Raul Casanova Júnior é Engenheiro Eletrônico e Administrador de Empresas, com trajetória profissional no setor de Equipamento de Proteção, em especial, de EPI. É o atual Diretor Executivo da ANIMASEG (Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho), onde atua desde 1993, e Diretor Executivo da ABRASEG, entidade que reúne importadores e distribuidores de equipamentos de proteção, desde 1995. É também Superintendente do Comitê Brasileiro de Equipamento de Proteção Individual – ABNT/CB-32, gestão 2020-2022.

Contato: rcasanova@animaseg.com.br

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