Pesquisa aponta que 65% dos trabalhadores buscam alimentação equilibrada

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A 2a edição do estudo, que investiga hábitos alimentares, indica ainda que brasileiros estão mais dispostos a cuidar da saúde do que da aparência

 

Questionados sobre como entendem seus hábitos alimentares, 63% dos trabalhadores brasileiros dizem se alimentar de forma saudável ou muito saudável – índice praticamente estável em relação a 2014, quando 64% fizeram esse apontamento. Seguindo esse comportamento, o equilíbrio nutricional – ou seja, a composição balanceada da refeição entre carnes, vegetais e carboidratos – é uma prática indicada por 65% dos trabalhadores na hora de almoçar. Apesar de positivo, e de representar a maioria, o índice é 5% menor do que o registrado no ano passado.

Estas são conclusões da segunda edição da pesquisa Alelo Hábitos Alimentares do Trabalhador Brasileiro, realizada pela Alelo, empresa do segmento de cartões-benefício, em parceria com o Conecta-í, do Instituto Ibope. O estudo, único levantamento do gênero no País, ouviu mais de três mil entrevistados de 12 capitais brasileiras e cidades do interior, em busca de informações sobre o comportamento dos trabalhadores quanto à alimentação e à prática de atividades físicas.

O levantamento também mostra que apesar de algumas escolhas alimentares consideradas pouco saudáveis e do ligeiro aumento nas indisposições após o almoço, a maioria dos trabalhadores se diz disposta a mudar seus hábitos. Neste ano de 2015, a surpresa está entre os motivadores desta decisão. Enquanto 40% dos entrevistados no ano passado se diziam dispostos a mudar para conseguir uma aparência bonita, apenas 33% afirmaram o mesmo em 2015, uma queda de sete pontos percentuais, provando que a aparência se tornou menos relevante. O desejo de se sentir mais saudável é o maior incentivador, com 72%, seguido da prevenção ou tratamento de doenças, com 52%, e da perda de peso, com 47%.

Entre os trabalhadores ouvidos nesta edição do estudo, 67% almoçam fora de casa todos os dias e, entre eles, apenas 7% consideram a oferta de pratos saudáveis como fator prioritário na hora de escolher o local da refeição. Para a maior parte dos trabalhadores, 22%, é a qualidade que determina a decisão.

O consumo de saladas é outro índice que sofreu uma queda em 2015: apenas 9% afirmam se alimentar somente de saladas no almoço, contra 20% que, no ano anterior, informaram ter esse hábito. A ingestão de alimentos de baixa caloria também diminuiu na hora de almoçar: de 51% em 2014 para 48% neste ano.

Apesar de tais quedas, a Pesquisa Alelo registrou também outros dados animadores quanto à composição dos pratos na hora do almoço, como a redução do consumo de óleos e gorduras, que de 41% em 2014 passou para 39% neste ano.

A ingestão de alimentos ricos em carboidratos nesta 2ª edição do estudo é de 49%, dois pontos percentuais a mais do que no último ano, e a presença de ingredientes ricos em proteínas no prato dos trabalhadores é de 85%, contra 82% em 2014.

Quando o assunto são os alimentos consumidos no período entre refeições, as notícias se equilibram. Apesar do crescimento do consumo de alimentos naturais, ricos em fibras e vitaminas, que saltou de 30% no ano passado para 34% em 2015, a ingestão de ingredientes feitos com açúcar subiu para 43%, contra 41% na pesquisa anterior.

Dentre os 67% que almoçam fora todos os dias, sonolência, peso no estômago e indisposição são queixa de 43% deles no período pós-refeição, porcentagem muito similar ao índice de 42% registrado em 2014.

A pesquisa também mostra que:
– Dentre os que se preocupam em criar um prato balanceado, as mulheres são as mais empenhadas – 69% delas buscam essa variação, contra 62% dos homens;

78% dos brasileiros entrevistados não seguem nenhum tipo de dieta alimentar (em 2014, eram 77%);

74% praticam algum tipo de atividade física (mesmo índice de 2014).


Sobre o café da manhã

70% fazem a primeira refeição do dia – o café da manhã – em casa (em 2014 eram 71%).

48% consomem alimentos ricos em carboidratos – pães, massas, batata, arroz, farinhas, biscoitos, bolachas etc.

66% incluem laticínios na refeição (eram 67% em 2014) e 59% preferem itens leves, saudáveis e naturais (mesmo número de 2014).

– Uma em cada cinco pessoas toma o café da manhã fora de casa, tendo o escritório como o principal local para essa refeição. Entre os que não tomam café da manhã em casa, 75% o fazem no trabalho (69% em 2014) e 12% na padaria (14% em 2014).


Sobre o jantar

55% dos entrevistados optam por proteínas na hora do jantar e apenas 11% ingerem alimentos ricos em açúcar;

– Apenas 15% dos entrevistados optam por alimentos saudáveis, ricos em fibras e vitaminas para essa refeição (mesmo volume de 2014). 27% selecionam alimentos com baixa caloria (30% em 2014) e 55% consomem produtos ricos em proteínas (52% em 2014).


A pesquisa

A pesquisa Alelo Hábitos Alimentares do Trabalhador Brasileiro ouviu 3.059 pessoas, sendo 53% homens e 47% mulheres, todas economicamente ativas, com uma idade média de 38 anos (intervalo observado: de 24 a 60 anos) e residentes em 12 capitais – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Curitiba, Salvador, Brasília, Goiânia, Campo Grande, Vitória e Belém – e em outras 54 cidades que englobam a Grande São Paulo, Grande Rio de Janeiro e o interior paulista.

Desse grupo, 66% trabalham em regime CLT e 65% recebem algum tipo de benefício alimentação. Em relação à carga horária de trabalho, 41% trabalham de 6 a 8 horas por dia, 36% entre 8 e 10 horas diárias e apenas 7% fazem turnos de mais de 10 horas por dia.

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  1. […] Via: Revista Cipa | revistacipa.com.br […]

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