Publicação internacional destaca o Programa Nacional de Eliminação da Silicose da Fundacentro

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Lançada em maio de 2016, a publicação internacional intitulada “Improving Workers Health Across The Globe“ (Melhorando as condições dos trabalhadores pelo mundo), destaca o Programa Nacional de Eliminação da Silicose coordenado pela Fundacentro e apresenta as ações dos Centros Colaboradores de todos os continentes sobre a saúde dos trabalhadores.

Uma das principais metas da publicação é mostrar ao público, experiências bem sucedidas dos Centros Colaboradores e a forma como atuam na implementação de ações voltadas à prevenção das doenças e acidentes de trabalho. O lançamento da publicação celebra os 25 anos de existência dos 55 Centros Colaboradores, criados em 1990.

Coordenada por dois institutos, NIOSH (Americano) e FIOH (Finlandês), ambos Centros Colaboradores, a publicação traz em um capítulo, o Programa Nacional de Eliminação da Silicose, projeto desenvolvido pela Fundacentro.

Lançado em junho de 2002, o Programa nasceu durante a realização do Seminário Internacional de Exposição à Sílica – Prevenção e Controle, tendo como principal objetivo a adoção de um programa especifico para o controle da silicose no país.

Para o pesquisador e médico pneumologista da Fundacentro, Eduardo Algranti, que também é coordenador do PNES e diretor do Centro Colaborador, a publicação é “um computo de algumas experiências bem sucedidas, originadas de projetos dos Centros Colaboradores que compõem o programa Global de Saúde do Trabalhador da OMS. É um estímulo às atividades dos CCs”.

O capítulo que aborda o Programa Nacional da Eliminação da Silicose insere-se na “Prioridade 1.2”, a qual destaca o desenvolvimento e disseminação na prevenção da doenças relacionadas às poeiras. Nele, são apresentados os esforços obtidos por meio de ações no Brasil. Uma delas foi a realização de cursos em Leitura Radiológica das Pneumoconioses, auxiliando os médicos no reconhecimento da doença nos estágios iniciais.

Para o especialista no combate ao uso da sílica, a silicose é uma doença pulmonar incurável e irreversível e que embora os EPI´s seja eficazes, sua utilização por si só está muito longe de resolver o problema.

Algranti observa que para a adequação das medidas de controle é necessário que haja o conhecimento do risco, de forma absolutamente clara e a participação dos trabalhadores na discussão e implementação de medidas preventivas.

As formas de prevenção são conhecidas e, quase sempre, tecnicamente viáveis. Contudo, e ainda de acordo com o pesquisador, conspira contra o bom controle das exposições, o baixo nível educacional no país, incluindo o desconhecimento de riscos no trabalho, a cultura de ignorar riscos (por diversos motivos), a verticalização de informações sobre perigos e riscos no ambiente de trabalho, a terceirização de inúmeras atividades perigosas, a informalidade e as dificuldades econômicas das empresas no presente momento.

A OIT (Organização Internacional do Trabalho) e a OMS (Organização Mundial da Saúde) formaram uma campanha global para a eliminação da silicose e outras doenças relacionadas à sílica até o ano de 2030. A campanha vem sendo desenvolvida por diferentes projetos nas Américas do Sul e Norte, na África e Ásia. No Brasil, a campanha é coordenada pela Fundacentro por meio do PNES.

A publicação está disponível para leitura no idioma inglês

Acesse o site do Programa Nacional de Eliminação da Silicose

 

 

Fonte: Fundacentro

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