SST faz parte da cultura da Indústria de pré-moldados de cimento

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Além das medidas que já são aplicadas há muito tempo, o setor também adotou protocolos sugeridos por órgão da Saúde para conter a disseminação do coronavírus

Embora tenha parado nas primeiras semanas a partir da decretação da pandemia pela a OMS (Organização Mundial da Saúde), as indústrias de pré-moldados de cimento tem mantido a produção seguindo os protocolos estabelecidos pelos órgãos de saúde para conter a disseminação do vírus e garantir a saúde do trabalhador. Devido às suas características, o setor não possui condições de manter o trabalho remoto, como ocorre em outros segmentos da economia. Mas os fabricantes já possuem uma cultura de atenção à saúde do trabalhador.

De acordo com Íria Lícia Oliva Doniak, presidente executiva da Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (ABCIC), entidade que reúne as fabricantes de pré-moldados, o setor possui normas regulamentadoras (NR) específicas para garantir a saúde de seus colaboradores. As normas regulamentadoras como a NR-18 – Condições de Segurança e Saúde no Trabalho na Indústria da Construção, além de outras NRs como trabalho em altura e içamento de cargas são aplicáveis ao setor dão as diretrizes para garantir a Saúde e Segurança no Trabalho (SST).

No entanto, Íria explica que além dos equipamentos básicos aplicáveis à construção convencional, também existem aqueles adicionais, de acordo com o estiver previsto no planejamento. “Esses são utilizados conforme a necessidade da obra que dependerá dos tipos de equipamentos, peças e ligações que estarão sendo utilizados e outras eventuais características de cada empreendimento”.

Treinamento específico

Além dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e de Proteção Coletiva (EPC), a pré-fabricação em concreto, segundo Íria, envolve aspectos de logística que requerem treinamentos específicos e qualificação de todo o pessoal envolvido. “Aspectos de planejamento e de mitigação de possíveis gargalos são de fundamental importância, bem como todos os que estão associados às diferenças do sistema convencional  para o uso de estruturas, fachadas ou fundações pré-fabricadas”, explica. “Destacamos as situações transitórias, de transporte, armazenamento e montagem dos elementos que requerem cuidados especiais da fábrica até o manuseio e montagem nos canteiros de obras”.

Para a execução das ligações (união entre os elementos), é preciso atender, de acordo com a presidente da ABCIC, conforme o projeto da montagem  e o planejamento, não apenas aquelas que serão solicitadas durante o uso da estrutura, mas também aquelas projetadas a fim de garantir a segurança durante  a montagem. “Aspectos relacionados às ligações e a estabilidade global conforme previstos na norma ABNT NBR 9062 Projeto e Execução de Estruturas de Concreto Pré-moldado são de fundamental importância incluindo o requisito específico de procedimentos de montagem que inclusive torna obrigatório o Plano de Rigging”, lembra. “Estes cuidados estão presentes em todas as etapas desde o projeto até a efetivamente montagem. Recentemente, a ABCIC lançou o Manual de Montagem das Estruturas Pré-Moldadas de Concreto que pode ser adquirido através do site www.abcic.org.br, no qual todas as boas práticas de montagem incluindo um capítulo sobre segurança estão descritas.”

A Abcic atua para o desenvolvimento do setor de pré-moldados de concreto destinados às estruturas, fachadas e fundações. Com cerca de 100 associados, promove ações e iniciativas para a divulgação dos benefícios da construção industrializada e da disseminação de informações técnicas e tecnológicas que contribuam para a o aprimoramento contínuo do segmento.

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