Um estudo recente publicado pela World Resources Institute (WRI), entidade dedicada a estudos sobre clima, cidades e florestas, revela que primeira vez desde o início das medições, em 2021, os incêndios foram os causadores da perda de 30 milhões de hectares de florestas e no Brasil, o fogo apenas em 2024 causou a maior devastação de sete décadas, informa matéria do Brasil de Fato.
Esses dados reforçam a importância de ações concretas e efetivas de enfrentamento e combate às chamas, em todos os meios, seja terrestre, seja aéreo. Eis o que o uso de aeronaves é preponderante nessas ocorrências e o investimento é um dos desafios para governos locais e nacionais.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) encaminhou aeronaves e brigadistas para intensificar essas operações nos estados do Pará e Mato Grosso, como parte da estratégia nacional do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo/Ibama) para o período crítico de estiagem, que vai de julho a outubro.
“A partir do município de Sinop, MT, aeronaves estão sendo deslocadas para bases operacionais em Gaúcha do Norte, MT, e Novo Progresso, PA, que abrigam áreas prioritárias de conservação e enfrentam risco elevado de queimadas. As equipes atuarão na proteção de ecossistemas sensíveis e territórios indígenas, como o Parque Indígena do Xingu e o Sul do Pará, locais historicamente impactados por incêndios durante a seca”, informa comunicado.
Além do ar, equipes em solo fazem o monitoramento de áreas e as queimas prescritas (Manejo Integrado do Fogo – MIF), reduzindo a carga de material combustível e mitigando os danos durante os picos de incêndio.
Armazenamento de água
Um dos componentes cruciais para o êxito nessas ações, além da resposta célere, é a capacidade de armazenamento de água dentro das aeronaves sem comprometer o rendimento. No Distrito Federal, o Corpo de Bombeiros (CBMDF) conta com a aeronave NIMBUS 01, com capacidade máxima de 3,2 mil litros de água.
O equipamento e demais ações táticas e de tecnologia englobam a Operação Verde Vivo, que engloba ações de enfrentamento aos incêndios florestais, com reforço no efetivo e maior prontidão para atendimento às ocorrências.
Em números, apenas em 3 de agosto, a operação registrou 47 ocorrências de incêndio em vegetação em todo o Distrito Federal. Os dados são consolidados diariamente, após as 8h da manhã, informa matéria do Jornal de Brasília.
Foto: CBMDF