As mulheres historicamente reivindicam e ocupam diversos cargos e profissões no país, buscando constantemente a luta por direitos, respeito e reconhecimento. E no Corpo de Bombeiros, isso não é diferente.
Estatísticas mostram que as mulheres ainda representam tímidos 12,1% de presença nas corporações, ou 7.695 dos 63.644 bombeiros militares na ativa no Brasil. Para tanto, a união entre as bombeiras mulheres demonstra e inspira ações e iniciativas.
Uma delas ocorreu no Paraná, que sediou o 10º Encontro Nacional de Bombeiras Militares (ENBOM 2025) e do 3º Encontro Estadual de Bombeiras Militares, reunindo profissionais das forças de segurança pública, com o objetivo de fortalecer políticas de equidade, valorizar a atuação delas e promover o intercâmbio de experiências.
Saúde mental, condicionamento físico, nutrição esportiva, dilemas jurídicos enfrentados por mulheres nas corporações e experiências de equidade no setor privado foram as pautas discutidas. “Temos muito o que melhorar em nossos quartéis e nas políticas voltadas às mulheres nas corporações militares, mas as barreiras só avançam com o tempo e com persistência. A luta tem que ser constante, e as lideranças precisam manter viva a lembrança dessa trajetória para que possamos evoluir continuamente”, endossa coronel Antonio Geraldo Hiller Lino, comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR).
Eventos destacam ação de corporação sergipana
Um dos pontos-altos do ENBOM foi o “Bombeiras de Garra”, competição em que se simulou o atendimento a ocorrência de incêndio com vítima. As vencedoras foram do Corpo de Bombeiros Militar do Sergipe (CBMSE), que entre as 14 equipes de todo o país, completaram a prova em 4 minutos e 37 segundos, sendo que as demais ultrapassaram os 6 minutos.
As agraciadas foram a tenente Joana Andrade, a cabo Leilane Cunha e soldados Cintia Larissa e Nathalia Dória. “Esse resultado representa a disciplina, determinação e oportunidade. Atribuo essa vitória também às pessoas que acreditaram em nós desde o início, mesmo quando nós mesmas duvidávamos”, comemorou cabo Leilane.
Dividida em cinco fases, a prova envolveu desde o vestir de equipamentos (EPI), que totalizaram um peso extra de 35 kg, passando pelo combate ao fogo, socorro da vítima, até o arrombamento de uma porta e transporte por mais dez metros até um local seguro.
Vale ressaltar que Sergipe foi o único estado do país a estar no pódio em três edições da competição.
