A Fecomercio de Mato Grosso, em Cuiabá, foi palco do Workshop de Emergências com Veículos Elétricos, promovido pelo Corpo de Bombeiros Militar do estado (CBMMT), com a participação de corporações de outros estados brasileiros (Sergipe, Rio de Janeiro, Paraíba, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul, além de profissionais de todas as regiões de Mato Grosso) e público civil.
O foco foi o entendimento da estrutura desses veículos, cuja frota está crescendo no país, especialmente no que se refere às baterias de íon-lítio, utilizadas em seu funcionamento. Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o Brasil conta com mais de 170 mil veículos elétricos, sendo mais de seis mil somente no estado.
“Até agora não havia sido realizada uma capacitação técnica específica para esse atendimento. Sem dúvida, o conhecimento trocado faz a diferença na linha de frente, quando atendemos uma ocorrência grave. Nessas situações, alguém depende de nossos profissionais estarem devidamente preparados. Isso pode significar salvar vidas”, reforça coronel BM Flávio Glêdson Vieira Bezerra, comandante-geral do CBMMT.
Cuidados no carregamento dos veículos
A opção por veículos elétricos (VE) já é uma realidade mundial: estimativas da Agência Internacional de Energia (IEA), no mais recente relatório Global EV Outlook 2025, projetam que até 2030tenham mais de 40% de participação nas vendas globais e apenas neste ano devam superar 20 milhões de unidades, representando 25% do total de veículos novos no mundo.
Na outra ponta, há uma demanda por profissionais que saibam fazer a manutenção e também medidas preventivas para evitar incêndios, muito embora a probabilidade seja pequena em relação aos de combustão.
Ao Portal do Trânsito, Thiago Castilha, diretor da E-Wolf, especializada em recarga de veículos elétricos e híbridos, explica que por volta de 80% dos condutores preferem carregar os carros em casa.Portanto, é essencial verificar a capacidade de instalação elétrica e evitar as famosas gambiarras, o que evita um comprometimento nas baterias e, consequentemente, um princípio de incêndio.
Foto: CBMMT