Uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), divulgada pela CNN, apontou que 75% das pessoas consultadas afirmaram comprar presencialmente os presentes de Natal em 2025, sendo 36% em lojas de departamento e 31% nos shopping centers. Esses locais conferem uma grande movimentação, e precisam priorizar a segurança de todos que os visitam e permanecem ali.
Como noticiamos recorrentemente, as brigadas de incêndio são essenciais, sendo também obrigatórias documentações a esses estabelecimentos, como o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) e do Certificado de Licenciamento do Corpo de Bombeiros (CLCB). Para tanto, o apoio entre as corporações e as associações comerciais é pertinente.
No Amazonas, uma cooperação técnica entre o Corpo de Bombeiros Militar (CBMAM) e a Associação Comercial do estado (ACA) pretende capacitar pessoas para formação de brigada, curso esse acordado para os próximos meses. “Isso vai trazer mais segurança não apenas para os funcionários, mas para todas as pessoas que transitam pelos estabelecimentos comerciais”, frisa coronel Orleilso Muniz, comandante-geral da instituição.
Bruno Loureiro Pinheiro, presidente da ACA, reitera a importância dessa parceria para manter a cultura preventiva nesses locais. “O comandante apresentou números, dados da expansão de toda a tecnologia que está sendo empregada no Corpo de Bombeiros. A gente sabe que isso traz uma sensação de segurança para a população”, pontua.
Normas
As normas de segurança contra incêndio e pânico estão presentes em instruções técnicas municipais e estaduais. Em Santa Catarina, a exigência é detalhada pela Instrução Normativa nº 28 do Corpo de Bombeiros Militar (IN nº 028/DAT/CBMSC) e pela Lei Estadual nº 15.124/2010.
Em São Paulo é a Instrução Técnica (IT) 17/2022 do Corpo de Bombeiros, que trata da formação e treinamento de brigadas de incêndio e de emergência, sendo complementada pelas Normas Técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que oferecem detalhamentos, como a NBR 14276:2006, que especifica o planejamento da implantação e reciclagem da brigada e uso de equipamentos, entre outros requisitos.
Já a Norma Regulamentadora 23 (NR-23) determina que as empresas tenham uma brigada formada por colaboradores. Esses regulamentos descrevem dois tipos de brigadistas: os orgânicos, ou seja, os próprios funcionários dos estabelecimentos que passam por treinamento, ou os particulares, profissionais contratados exclusivamente para essa função, ou terceirizados.
“A escolha entre um ou outro depende do tipo de edificação, do risco, da área construída e do público presente. Em locais com grande concentração de pessoas ou risco elevado, por exemplo, a lei exige a presença de brigadistas particulares”, explica texto do SESI+Saúde.
Vistorias dos bombeiros
Na Bahia, 2.524 estabelecimentos comerciais foram visitados na Operação Bahia Protegida, uma ação simultânea em Salvador e em diversas cidades do interior do estado, com orientações aos proprietários sobre medidas de prevenção e a importância da regularização (extintores, AVCB, CLCB), com o objetivo principal de conscientização, evitando possíveis riscos.
“Nossos militares são treinados para tirar dúvidas e explicar esses cuidados aos cidadãos e a meta principal com essa ação é prevenir situações de possíveis incidentes e, com isso, preservar, além de bens materiais, as vidas de funcionários e frequentadores desses locais”, explica coronel BM Aloisio Fernandes, comandante-geral do CBMBA.
Carolina Almeida, gerente de um estabelecimento visitado, afirma a importância de tal vistoria e partilha dessas informações. “Ficamos mais tranquilos em saber que temos esse suporte dos bombeiros. Aqui estamos regularizados, mas sempre surge alguma dúvida e essas orientações deveriam acontecer com mais frequência, pois também nos ajudam a lembrar que precisamos estar sempre nos atualizando. Todo cuidado é bem-vindo”, salienta.
Foto: CBMBA
