A Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), em São Paulo, foi palco do “Encontro Nacional de Cipeiros e Cipeiras para o Trabalho Seguro e Saudável”, evento em formato híbrido que teve como mote o fortalecimento da atuação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio (CIPA) em promover um ambiente laboral mais saudável.
Para Remigio Todeschini, diretor de Conhecimento e Tecnologia da Fundacentro, é preciso um investimento massivo na formação em Saúde e Segurança do Trabalho (SST) de forma democratizada às CIPAs (Norma Regulamentadora – NR-5), e que a participação social dos trabalhadores por meio da Comissão é fundamental para reduzir os riscos e os impactos dos acidentes, doenças e mortes no trabalho, além de contribuir para a melhoria da saúde e segurança nas empresas.
“É preciso ter o entendimento da questão formativa. Se não conhecemos e reconhecemos a realidade em que vivemos e não aprofundamos ou mesmo unificamos a reivindicações nessa área (SST), não atingimos a meta do trabalho seguro e saudável”, endossou o especialista durante o evento, cuja íntegra pode ser acessada neste link.
Na ocasião também foram apresentados os resultados da um questionário destinado aos membros das CIPAs, preenchido previamente na inscrição para o evento, sobre o funcionamento das comissões e identificação de desafios e oportunidades de melhoria.
Sindicatos
Segundo a Fundação, mais de 350 participantes presenciais e virtuais compuseram o evento, como sindicatos de todo o país, a exemplo do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema), filiado à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Dani Moretti, secretária de Saúde do Trabalhador e Segurança no Trabalho da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Rio de Janeiro (CTB-RJ), e uma das participantes, salienta que as NRs são essenciais para o êxito na segurança do trabalho, inclusive no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Acreditamos nas NRs e precisamos tê-las dentro no SUS, como mola motriz. Na capacitação, para conectar o SUS à formação dos trabalhadores, é preciso não ter limitações.Vale lembrar que as NRsainda têm limitações, diferentemente do SUS, que é mais abrangente, pois vai além de cuidar de doenças, atuando principalmente na promoção e na prevenção de acidentes”, afirma Moretti.