Na semana passada, a AENA Congonhas promoveu a “Semana de Prevenção de Acidentes em Solo” e um dos destaques foi a palestra sobre o risco das operações em solo, ministrada por Amauri Alves, assessor de Safety da entidade. Ao longo de uma hora, Alves falou aos presentes sobre os desafios entre o desempenho que queremos na aviação e o que realmente acontece nas operações em solo.
“É preciso alimentar o setor de segurança para que faça uma análise de risco”, disse Amauri Alves, ressaltando a importância dos relatórios de acidentes e incidentes. Para ele, as ações em solo podem ser classificadas em reativas, quando aprendemos com um evento ocorrido, através da investigação e do respectivo relatório, preventivas, nos casos em que ações antecipadas evitam riscos potenciais, e as chamadas preditivas, em que são detectados comportamentos e ações em condições normais que podem levar ao risco.
Prevenção na aviação
Além disso, um dos pontos relevantes, citados pelo apresentador, foi quanto à necessidade de uma consistência jurídico para os contratos de longo prazo entre as empresas aéreas e as empresas de apoio em solo, de forma que seja possível um planejamento a longo prazo, que possa contemplar uma modernização da frota atual, permitindo a aquisição de equipamentos com recursos que permitem a mitigação de riscos existentes nos trabalhos cotidianos.
“A mitigação efetiva de danos exige mudança cultural e organizacional”, disse o assessor de Safety da ABESATA, ressaltando a importância de eventos como o promovido pela AENA. Esse foi o quinto evento do ano sobre o tema em que a ABESATA teve participação. Outros similares aconteceram em Salvador, Campinas, no Aeroporto de Viracopos, Guarulhos, Galeão e agora Congonhas.
O evento reuniu especialistas do setor para discutir temas cruciais que abrangem desde a otimização de procedimentos operacionais e a gestão de riscos em solo, até a influência de novas tecnologias como veículos elétricos e a importância da mobilidade consciente.


