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Maturidade em SST melhora jornada de empresas que reduzem acidentes

Exemplos mostram que, para além das normas, a segurança do trabalho exige diálogo constante e uma cultura de prevenção, transformando a vida dos colaboradores e os resultados das empresas

Já falamos aqui em Cipa&Incêndio sobre a maturidade em segurança do trabalho como forma não apenas de cumprir regramentos, mas também em estimular resultados e adaptar as empresas, independentemente de seu porte, para a jornada em SST exitosa e, principalmente, com foco na saúde dos colaboradores.

No entanto, não basta planilhas e relatórios se esses dados não são compartilhados: além dos já tradicionais painéis e memorandos, os Diálogos Diários de Segurança (DDS), reuniões de CIPA, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Sipat), rodas de conversa, palestras, inserções durante os treinamentos e capacitações são a pedida, além de manter a escuta ativa, explicando, inclusive, a importância de profissionais como o Engenheiro de Segurança do Trabalho, os cipeiros e demais especialistas em SST nas operações.

“O acidente de trabalho gera grandes prejuízos tanto ao colaborador quanto à empresa. Por isso é importante ter ações que permitam manter a integridade física, mental e emocional da equipe, promover um ambiente de trabalho saudável e produtivo, aumentando assim a satisfação e o bem-estar, reduzindo o absenteísmo e a rotatividade do time, gerando economia e maior produtividade”, frisa Dra. Naiara Cabral,médica do trabalho e supervisora de Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) da Universidade de Uberaba, MG (Uniube).

E não é para menos: em 2024, o Brasil registrou 724.228 acidentes de trabalho, sendo 74,3% foram os típicos (quedas, por exemplo), 24,6% no trajeto até a empresa e somente 1% referem-se a doenças ocupacionais, o que revela a dificuldade em reconhecê-las, alerta levantamento da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

 

Jornada segura com conversas periódicas

Com periodicidade semanal, a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), por meio do Departamento de SESMT, realiza desde julho encontros para debater sobre SST, como parte da iniciativa ‘Diálogo Semanal de Segurança’ (DSS).

A ação objetiva a troca de informações, porém indo além de falar de uso correto de equipamentos de proteção (EPIs e EPCs) e riscos físicos, mas também a conversa, o que inclui um canal de comunicação, via e-mail, para sugestões de assuntos a serem abordados, e um boletim intitulado ‘Pílulas da saúde do SESMT’. “Cuidar da saúde e do bem-estar não é um luxo – é uma necessidade. Quando estamos bem, trabalhamos com mais atenção, disposição e segurança”, enfatiza a equipe Segurança do Trabalho da Faculdade.

Também semanal, a Policlínica Estadual de Quirinópolis, GO, promove todas as segundas-feiras, seu Diálogo Semanal de Segurança (DSS), em que a pauta é conscientizar sobre riscos, estimular comportamentos seguros e garantir o cumprimento das normas de segurança.“Essa prática é importante em diversos contextos e pode trazer inúmeros benefícios. Promove a empatia, o trabalho em equipe, a resolução de conflitos e o desenvolvimento pessoal”, afirma a enfermeira Maria Heloísa Urias, vice-presidente da CIPA no estabelecimento de saúde, ao Diário da Manhã.

Celebrando resultados

Estudos internos também faz parte da jornada em prol da saúde dos trabalhadores. A Höganäs, metalúrgica especializada em pó metálico, desde 2023 faz o levantamento intitulado “Pesquisa de Cultura de Segurança”, para analisar, na prática, a consolidação de comportamentos seguros e o fortalecimento do compromisso coletivo.

Na edição de 2025 foi constatada que 81,8% das pessoas atuantes na companhia no estágio Interdependente (já tem consolidado os conceitos e auxilia os demais), considerado o mais elevado na escala de maturidade da cultura de segurança; os demais se distribuem entre os estágios Independente (15%, internalização no conhecimento e padrões adotados), Dependente (2,3%, fase de treinamentos) e praticamente 0% estão no estágio Reativo (ainda não está internalizado os padrões de segurança).

A pesquisa foi segmentada por áreas (Liderança, Operação, Administrativo e Prestadores de Serviço) e revelou os efeitos positivos de treinamentos intensivos, ferramentas práticas, diálogos de segurança e engajamento das equipes.“Os resultados alcançados este ano são motivo de muito orgulho para todos nós. Ter essa maturidade de cultura e eliminar completamente o estágio Reativo, mostram que a segurança já faz parte do nosso DNA. Isso só é possível porque cada colaborador entende seu papel e cuida não apenas de si, mas também do colega ao lado”, comenta Julio Carmazen, Diretor industrial da Höganäs no Brasil.

A íntegra da pesquisa pode ser acessada neste link

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