A atualização da Norma Regulamentadora 1 (NR-1), prevista para este mês, não apenas está gerando dúvidas, mas também impulsiona em investir na saúde mental de todos os atores dentro das organizações.
Para Rui Duarte Brandão, co-fundador da plataforma de terapia online Zenklub e VP de Saúde Mental da Conexa, muito mais que uma adaptação normativa, já passou do momento para que as empresas adotem boas práticas, o que também envolve a criação de comitês ou grupos de trabalho que integrem diferentes áreas e níveis hierárquicos sobre o assunto.
“A atualização da NR-1 vai além de uma simples exigência legal, já que representa uma oportunidade concreta de integrar a saúde mental às estratégias de gestão de risco. A norma reflete o impacto direto no desempenho organizacional. Trata-se de um chamado urgente para romper com a inércia e implementar ações que já estão presentes no discurso corporativo há tempos”, frisa o gestor, em artigo para o RH Pra Você.
Possibilidade de adiamento da NR-1?
Uma das notícias mais recentes é a articulação do setor empresarial para um possível adiamento dessa atualização, por conta de “falta de estrutura do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para a implementação”, segundo o g1.
Em nota, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho publicou uma nota alegando se preocupar com a “sinalização de adiamento da vigência da nova redação da norma” e que tais regras não são uma novidade e que não seria difícil a implementação e a única mudança refere-se aos riscos psicossociais. “O Ministério do Trabalho está desenvolvendo um material explicativo para facilitar a compreensão das obrigações. Uma coisa é fato: falta entendimento, porque não adianta a legislação existir se não produzir efeitos”, comenta Ana Luiza Horcades, Auditora-Fiscal do Trabalho, ao g1.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, recebeu em 14 de abril Flávio Roscoe, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Ricardo Alvarez Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), além de representantes de entidades sindicais e patronais, para debater as mudanças no texto.
Juciano Massacani, CEO da GraalSeg Segurança e Medicina do Trabalho, ao Diário do Comércio, comenta que é imprescindível as empresas buscarem orientações em SST e jurídicos para aplicar a NR-1 de maneira adequada. “É essencial manter registros detalhados das decisões tomadas na gestão dos riscos psicossociais, acompanhando atualizações e publicações oficiais, e participando de capacitações”, explica.
Todos os desdobramentos da atualização e conteúdo sobre saúde mental pode ser conferido aqui em Cipa & Incêndio.
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