Recentemente noticiamos aqui as ações das usinas de cana se utilizam no combate, prevenção e mitigação de danos diante de incêndios, especialmente nesse período de estiagem. O mesmo ocorre no setor de soja, cujo mercado nacional estima produzir na safra 24/25 a casa de 169 milhões de toneladas, segundo a plataforma Aegro.
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) elaborou, em parceria com o Corpo de Bombeiros (CBMMT), uma cartilha impressa e digital que fornece orientações práticas sobre temas como o Manejo Integrado do Fogo (MIF) e medidas preventivas em relação às queimadas.
“Além de plantar, além de viabilizar financeiramente a sua lavoura, o produtor rural precisa saber daslegislações ambientais e trabalhistas, acompanhar bolsas de valores. São muitas informações para estar antenado e uma cartilha como essa, com informação fácil, bem digerível e disponível, facilita a vida e uma forma de ter todas as informações reunidas, acessando-as rápida, prática e diretamente”, comenta Luiz Pedro Bier, vice-presidente da entidade.
Fogo Zero em lavouras
A conscientização é também um componente essencial para produtores protegerem suas lavouras, além de parcerias com os bombeiros para superar essas ocorrências. No Piauí, cuja área plantada com soja cresceu mais de 13% na última safra, iniciativas estão sendo aplicadas, sendo uma delas o Projeto Fogo Zero, em que reúne moradores, produtores, empresas e o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Piauí (CBMEPI) com foco na prevenção e preservação ambiental.
Idealizado pelo Grupo Progresso, especializado no cultivo de soja e milho, o projeto enfatiza ações direcionadas contra as queimadas criminosas, comuns na região.“A prevenção é fundamental para proteger o Cerrado e as fazendas de soja. O projeto busca conscientizar a população sobre a importância do manejo responsável do fogo, e ações concretas para reduzir riscos”, explica Cyntia Rubia, gerente corporativa de gente e gestão do Grupo.
“Com a colaboração entre as instituições e a conscientização da população, é possível reduzir os riscos de incêndios florestais e promover a sustentabilidade ambiental na região do Cerrado, principalmente no período do ano em que as altas temperaturas prejudicam a flora local”, arremata coronel Egídio Leite, comandante de Operações do CBMEPI.