Salvar vidas é o juramento que profissionais de saúde fazem para melhor atender os pacientes, porém, é preciso que também cuidem de si e o local de trabalho deve ter os elementos necessários para isso.
Em Pernambuco, o Hospital Regional do Agreste (HRA) conta com o programa Qualivida, que integra a Coordenação de Saúde e Segurança do Trabalhador do Sistema Único de Saúde (SUS) no estabelecimento,propondo diversas iniciativas voltadas à saúde do trabalhador, focadas na abordagem biopsicossocial.
No rol de ações, ginástica laboral, práticas integrativas, acolhimento psicológico e projetos coletivos. “A saúde do trabalhador precisa ser vista de forma biopsicossocial, ou seja, olhando para o corpo, mas também ao emocional, social e no contexto em que a pessoa trabalha e vive. Afinal, o trabalho impacta diretamente a saúde, e vice-versa”, comenta Vitória Oliveira,coordenadora de SST, em matéria ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS).
Campo desafiador
Por outro lado, tratar da saúde de quem cuida é um desafio enfrentado diariamente, pois casos de violências contra médicos aumentaram 68% em uma década, segundo obtido pelo portal g1 com o Conselho Federal de Medicina (CFM). Para se ter ideia, somente ano passado, 4.562 boletins de ocorrência foram registrados, ou 12 médicos são agredidos por dia no Brasil, o maior número da série histórica.
Enfermeiros também são vítimas, informa reportagem do g1: 80% dos profissionais de enfermagem em São Paulo já foram vítimas de agressões no ambiente de trabalho em 2023, de acordo com o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP). Já no Distrito Federal, 82,7% dos enfermeiros ou técnicos já sofreram violência física enquanto trabalhavam, revela outro levantamento local.