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Rumo aos 60 anos, Fundacentro amplia sintonia com a segurança dos trabalhadores

Fundada em 1966, a instituição, que homenageia Jorge Duprat Figueiredo, celebra quase 60 anos atualizando a pesquisa em SST, de doenças históricas a riscos de nanomateriais e IA

Com o propósito de difundir pesquisas sobre condições de trabalho e o compromisso com a participação ativa de todos os agentes sociais envolvidos, a Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro) nasceu em 21 de outubro de 1966, sendo fomentada durante o Congresso Nacional de Prevenção de Acidentes, em São Paulo.

Sua primeira sede foi instalada no bairro de Perdizes, zona oeste da capital paulista, uma das primeiras entidades no Brasil a estudar temas pertinentes em relação à saúde e segurança da população trabalhadora, como efeitos de inseticidas organoclorados; bissinose (doença ocupacional respiratória por conta da exposição a poeira de algodão e juta, comum no setor de fiação); ruídos no ambiente de trabalho; teor de sílica na indústria cerâmica e exposição ocupacional ao chumbo.

 

Ampliação da Fundacentro

A partir de 1974, a entidade se vincula ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), aumentando suas atribuições não apenas institucionais, mas também físicas, sendo construído entre os anos de 1981 a 1983 o Centro Técnico Nacional (CTN), em Pinheiros, na capital paulista.

Atualmente, a Fundacentro está presente em todo país, distribuídas em 11 estados e no Distrito Federal de forma descentralizada, atuando de acordo com os princípios do tripartismo, sendo o Conselho Curador a instância máxima. Nele estão representados trabalhadores e empresários, por meio das entidades de classe, além da instância governamental.

 

Quem foi Jorge Duprat Figueiredo

 Paulistano nascido em 4 de julho de 1918, o engenheiro civil Jorge Duprat Figueiredo formou-se em 1943 pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Após sete anos, já era diretor-presidente da “Nadir Figueiredo Indústria e Comércio S.A.”, empresa da família na fabricação de itens de vidro.

Foi o primeiro presidente da Fundacentro, atuando por uma década (1968-1978), e paralelamente era 2º vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Em 1975, foi premiado como prevencionista do ano pela Associação Brasileira para a Prevenção de Acidentes (ABPA), entidade que também presidiu.

Um dos destaques de sua atuação na Fundacentro foi a consolidação dos Congressos Nacionais de Prevenção de Acidentes do Trabalho (CONPAT), com a premissa na troca de ideias e promoção do trabalho digno e de direito humano.

Figueiredo falece em 1978, ainda presidindo a instituição. Pelos serviços prestados, o então Ministro do Trabalho, Arnaldo da Costa Prieto, sugeriu que a mudança de nome da Fundacentro, que à época se chamava Centro Nacional de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, sendo acatada por meio da Lei nº 6.618, de 16 de dezembro de 1978.

 

Novos mundos do trabalho

Em sintonia com as mudanças das maneiras de se trabalhar, a Fundacentro aprofunda sua expertise na difusão de assuntos em consonância, como LER-Dort, “pejotização”, precarização e trabalho análogo a escravidão e saúde mental, além tarefas mais incisivas, como o uso de nanomateriais e Inteligência Artificial (IA).

Recentemente, apresentou durante o XXII Seminário Internacional Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente (Seminanosoma) a NanoCB-Fundacentro, ferramenta desenvolvida pela instituição para avaliar o controle desse risco ocupacional. Ainda em fase de estudos de disponibilização, tem como objetivo possibilitar uma avaliação qualitativa de tais riscos em locais fechados e controlados, com o desafio em abarcar três pilares: as complexidades nanométricas, limitações dos métodos tradicionais e abordagens preventivas.

 

Comemorações

Para celebrar essas décadas de história, a Fundação promove, em 30 de outubro, o evento “Fundacentro rumo aos 60 anos: em busca de um futuro sustentável em segurança e saúde do trabalhador e da trabalhadora”, em formato híbrido (íntegra da live disponível aqui), um momento de retrospectiva e perspectivas da entidade, em especial no que se refere às mudanças profundas dos mundos do trabalho, envolvendo, desde sempre, pesquisas para a promoção da SST (Saúde e Segurança do Trabalho) e difusão de conhecimentos.

Na ocasião, o lançamento do livro “Participação Social, Saúde e Trabalho” (autoras Arline Sydneia Abel Arcuri e Solange Regina Schaffer; apresentação de Remígio Todeschini da Fundacentro), que reúne experiências da participação social na promoção da saúde das pessoas trabalhadoras.

“A Fundacentro celebra seus 59 anos reafirmando seu compromisso histórico com a proteção à vida e à saúde dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil e de outros países. Renovamos a confiança de que a instituição seguirá contribuindo, com excelência e dedicação, para um futuro mais seguro e saudável no mundo do trabalho”, comemora Pedro Tourinho, presidente da entidade.

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