Home SST - Gestão de Riscos Se sua segurança vai bem (ou você deseja que vá): Reflexões sobre performance e investimento contínuo

Se sua segurança vai bem (ou você deseja que vá): Reflexões sobre performance e investimento contínuo

 

Por Eduardo Machado Homem

 

 

Por que é tão difícil falar sobre investimentos em segurança quando os indicadores de performance e de processo são bons mostram que a operação está, aparentemente, segura?

E eu estou falando sob um ponto de vista de quem percebe que os indicadores são robustos e refletem o resultado real e não uma mera maquiagem que busca recompensas financeiras.

Um gestor de segurança ou um líder operacional deve ter muita coragem de colocar em dúvida a performance quando o ambiente aparenta razoável segurança. Questionar o valor de algo, seja segurança ou produção ou custos, é muito perigoso para a carreira quando o cenário não mostra problemas evidentes.

Imagine que em uma situação e momento específicos, sua operação tenha uma performance de segurança ruim. Indicadores de processo, proativos e reativos mostram que a gestão de segurança não vai bem. Este é um momento em que o desejo por uma performance superior em segurança se torna latente e altamente valorada. Convencer líderes operacionais a investir tempo, recursos, pessoas e foco em segurança não será difícil e nem complexo.

 

Manter a performance

 

Após um tempo, a performance melhora, os indicadores ficam bons e as pessoas se acostumam com o resultado positivo a ponto de se acomodar e acreditar que agora “sabem o que estão fazendo”. É neste momento que fica difícil sustentar a manutenção dos investimentos de tempo, dinheiro e gente na melhoria da gestão de segurança. Os gestores relaxam, perdem força para gerir riscos das suas operações, desviam o foco, resultados de segurança pioram e a roda gigante volta para sua posição anterior. Mais um esforço será necessário para fazer a roda girar de novo.

A nossa intenção de obter algo é mais bem avaliada e de maneira mais justa quando ainda não a possuímos ou não a conquistamos. A partir do momento que esse algo é conquistado, o valor que atribuíamos a ela reduz. Ou seja, damos valor quando não temos ou perdemos. Assim que conseguimos, deixa de ter valor.

Ter uma performance extraordinária em segurança é mais desejada quando não a temos.

Quando a performance é alcançada, o desejo ou a vontade de mantê-la perde força.

Aproveite, sempre, a oportunidade de ajudar os gestores a lembrar como era o período em que a performance em segurança não era tão boa e o que foi feito e gasto para melhorá-la.

E não faça isso mostrando o quanto era ruim no passado, mas mostre o quanto melhorou através do esforço das equipes e do gestor.

Manter o que foi conquistado é tão ou mais difícil do que conquistar algo novo. E ninguém quer desperdiçar esforços.

 

Eduardo Machado Homem

Engenheiro químico e de segurança do trabalho, mestre em Engenharia Ambiental e MBA em Gestão Empresarial. Atua há 20 anos na área de segurança do trabalho e meio ambiente e hoje é diretor da Do Safety, consultoria em Cultura, Gestão e Liderança.

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