Um treinamento operacional essencial, voltado ao atendimento de emergências com produtos perigosos, foi realizado no quartel do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC),(CBMSC), em Palhoça, no dia 14 de outubro.
A ação reuniu diversas Organizações de Bombeiros Militares (OBMs) pertencentes ao 10º Batalhão de Bombeiros Militar (10º BBM), abrangendo as guarnições de Rancho Queimado, Santo Amaro da Imperatriz, São José, Serraria, Pinheira, Palhoça, Biguaçu e Governador Celso Ramos. O principal objetivo da iniciativa foi aprimorar os conhecimentos técnicos e operacionais das equipes, garantindo uma atuação segura e eficiente em ocorrências que envolvam substâncias químicas ou materiais perigosos.
Treinamentos atualizam conhecimento
Segundo o Centro de Comunicação Social do CBMSC, durante o período da manhã, os participantes receberam uma instrução técnica de alto nível. O professor e mestre Marcelo Schappo ministrou uma aula com foco no tema “Emergências com Materiais Radioativos”, proporcionando aos bombeiros uma atualização sobre protocolos de segurança e procedimentos de resposta específicos.
Na parte da tarde, a capacitação foi conduzida pelo major Marcelo Della Giustina da Silva, subcomandante do 10º BBM e presidente da Coordenadoria de Emergências com Produtos Perigosos. O militar abordou os fundamentos do atendimento, destacando os aspectos teóricos e práticos cruciais para o correto gerenciamento dessas situações de risco.
Em seguida, foi realizado um simulado prático abrangente, que incluiu:
- Procedimentos de contenção e confinamento de vazamentos.
- Ambientação e uso de equipamentos específicos.
- Seleção adequada dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e dos Equipamentos de Proteção Respiratória (EPRs).
- Técnicas corretas de descontaminação de pessoal e materiais.
O treinamento reforçou o compromisso do 10º BBM com a formação continuada e a padronização dos atendimentos operacionais, assegurando que as guarnições estejam sempre preparadas para atuar com segurança e eficiência nas mais diversas situações de risco.
Integração e simulado
A necessidade de prontidão foi igualmente demonstrada em Minas Gerais. No dia 21 de outubro, o 10º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) realizou um Simulado de Atendimento a Acidente Envolvendo Produtos Perigosos, no km 129 da rodovia MG-050, em Divinópolis.
Esta atividade visou fortalecer a preparação integrada entre os órgãos de resposta. Contou com a participação de instituições parceiras essenciais, como a Polícia Militar Rodoviária (PRV PMMG), Via Nascentes, SAMU e Defesa Civil. O exercício simulou um grave acidente entre um veículo de passeio e uma carreta carregada com produtos perigosos, exigindo das equipes a aplicação prática de técnicas de resposta rápida, resgate de vítimas e gerenciamento de riscos químicos, em um cenário que reproduz as condições reais de uma emergência.
Segundo o CBMMG, o treinamento é vital para garantir a excelência no atendimento à sociedade, especialmente em ocorrências que envolvem riscos elevados à vida humana e ao meio ambiente.
Prevenção e prontidão no setor industrial
Estas iniciativas destacam que a contenção de derramamentos químicos exige técnicas apuradas e uma coordenação ampla, colocando a experiência de empresas especializadas como de suma importância, da prontidão preventiva à mitigação de incidentes. A crescente industrialização do Brasil impõe desafios críticos na gestão de riscos, sendo os derramamentos químicos um ponto de alta criticidade.
Neste contexto, a rapidez na contenção é o fator decisivo para evitar desastres com sérias consequências ambientais e para a saúde. É aqui que a Cetrel, especialista em soluções ambientais, sediada no Polo Industrial de Camaçari (BA), se destaca no setor de Resposta a Emergências.
Marcelo Ranzzani, do departamento de Resposta a Emergências da Cetrel, sublinha que a prontidão e a expertise técnica são cruciais para a segurança e a imagem corporativa: “Uma resposta rápida, dependendo do produto, é determinante para minimizar os impactos ambientais e riscos para as pessoas”. Ele complementa que a eficácia da contenção tem um peso reputacional, definindo que “‘a resposta rápida’ não define só a segurança para as pessoas, segurança para o meio ambiente, define a imagem das empresas envolvidas, tanto para o lado positivo, quanto para o lado negativo”.
Ranzzani exemplifica o impacto da prontidão: um pequeno vazamento de amônia controlado por uma equipe “treinada e capacitada” evita a contaminação de colaboradores e não é percebido pela população. Em contraste, a falta dessa equipe pode levar a “vários colaboradores com dificuldade de respiração, acionamento de ambulâncias e bombeiros, e a exposição da indústria na mídia”. Ele alerta ainda que um vazamento de amônia não mitigado “vai expandir seu alcance para fora da unidade, causando danos que podem chegar a ser fatal”.
Para garantir a excelência, a Cetrel investe em tecnologia, treinamento e sustentabilidade. Seus colaboradores são capacitados conforme as normas da NFPA (National Fire Protection Association), considerada “referência mundial para atendimentos a emergências com produtos perigosos”. A empresa mantém uma rotina rigorosa de práticas: “Mensalmente fazemos exercícios simulados em nossas bases, com isso conseguimos garantir que nossos equipamentos estão de prontidão e nossos colaboradores desenvolvem destreza e rapidez na utilização dos mesmos”, informa.


