O trabalho na Justiça engloba não apenas o uso do verbo e da argumentação, mas também longas horas na posição sentada, utilizando a voz nas audiências, além de muitas horas digitando e lendo documentos, o que inclui ações trabalhistas por SST. E, do mesmo modo que esses servidores são também pessoas trabalhadoras que podem correr riscos de lesões no ambiente laboral, os tribunais se esforçam para promover ações preventivas.
Em Santa Catarina, o Poder Judiciário (PJSC) concluiu as análises ergonômicas das unidades que integram a Grande Florianópolis. Coordenada pela Seção de Ergonomia da Diretoria de Saúde e Qualidade de Vida (DSQV), a ação tem como foco proporcionar ambientes laborais seguros, especialmente no que se refere ao conforto durante as atividades desempenhadas pelos colaboradores da Justiça catarinense.
Ao todo, 1.785 postos de trabalho foram avaliados, sendo a sede do Tribunal de Justiça (876), a Unidade da cidade de Presidente Coutinho (225), o Fórum de São José (130) e os Fóruns da comarca da Capital (403), comarcas de Palhoça (89), Biguaçu (38) e Santo Amaro da Imperatriz (24).
“A ergonomia é uma ferramenta essencial para garantir qualidade de vida no ambiente de trabalho. A conclusão dessa etapa representa um avanço significativo na política de saúde ocupacional do PJSC. Nosso objetivo é garantir que cada servidor tenha um ambiente de trabalho seguro, saudável e adaptado às suas necessidades”, destaca Graciela de Oliveira Richter Schmidt, médica e diretora de Saúde e Qualidade de Vida.
Novo modelo
Já a Secretaria de Saúde do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT-8 PA/AP), desde junho adotou uma nova abordagem em seu Programa Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), que é feito anualmente, máximo a cada dois anos. Servidores e magistrados têm agora dois dias para realizar exames laboratoriais e de imagem, além das consultas médicas.
Após essa checagem, os médicos do trabalho da Secretaria de Saúde (SESAU) fazem uma avaliação de resultados e de laudos, emitindo o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), informa o TRT-8. Caso seja detectado alguma intercorrência, o servidor é orientado a participar dos programas de saúde ofertados pela SESAU, como Em Forma (ginástica e controle de obesidade), Emplacar (colesterol), Hiperlegal (doenças do aparelho circulatório) e Saúde em Dia (diabetes).
“O ASO é extremamente importante porque precisamos saber como está a saúde de servidores e magistrados, para prevenção e controle. Também é importante ao servidor, pois o autocuidado e a prevenção de problemas que possam vir a acontecer ou ainda tratar os já existentes, ou até para ficar tranquilo de que a saúde está em dia”, ressalta Álvaro Rolo,diretor da SESAU.


