Prevenção. Eis o verbo que precisa sempre ser conjugado quando o assunto é segurança aos trabalhadores (SST). E especialistas apontam que muito além da capacitação, a conversa e conscientização são primordiais para que a cultura preventiva seja exitosa.
Em Santa Cruz, RN, a Unidade de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho (USOST) do Hospital Universitário Ana Bezerra (HUAB-UFRN), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), realiza anualmente (maio a dezembro) os “Diálogos de Saúde e Segurança no Trabalho” (DSS).
Trata-se de um bate-papo com os colaboradores, em que se ressalta a importância de usar os EPIs, cuidados com perfurocortantes, infecções hospitalares, procedimentos para ocorrências de acidentes do trabalho, adorno zero, apresentação do Manual de Segurança do Trabalho com recibo de entrega de instruções, entre outras recomendações.
“O objetivo é incentivar a adoção de práticas seguras e a oportunidade de compartilhar experiências e esclarecer dúvidas, tornando o processo mais participativo e eficaz. O incentivo veio, principalmente, para implantar uma cultura de saúde ocupacional e segurança nos ambientes de trabalho do Hospital”, comenta Douglas Vidal Gomes da Silva, chefe da USOST do HUAB-UFRN.
Celeridade para consolidar cultura preventiva
A segurança no ambiente laboral não pode ser deixada em segundo plano e é uma urgência: segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego(MTE), no último ano, o Brasil registrou 724.228 acidentes de trabalho.
Para João Marcio Tosmann, fundador e CEO da Tagout, empresa especializada em segurança ocupacional, um dos problemas está na ausência de conscientização. “Muitos profissionais não compreendem os riscos envolvidos e acabam subestimando a importância de seguir procedimentos de segurança”, explica, ao AL1.
“Empresas que investem em SST não apenas protegem riscos, mas também constroem uma cultura organizacional sólida e confiável. Cada cadeia de bloqueio vendido representa mais do que um equipamento, é uma vida salva”, finaliza o gestor.