Por Sofia Jucon
No dia 7 de maio, a Escola SENAI – Tatuapé, referência nacional em formação na área da Construção Civil, realizou uma Apresentação Técnica especial para marcar a inauguração do seu novo Centro de Treinamento para proteção contra queda com uso de simuladores. A unidade foi equipada pela Equipamentos Gulin, que em 2025 celebra 50 anos de fundação, consolidando-se como um dos principais nomes em tecnologia voltada à segurança no trabalho em altura.
O evento reuniu professores e instrutores da escola, além de 11 Técnicos de Segurança do programa Senai – Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil), com atuação nas cidades de Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Franca, Campinas, Bauru, São José do Rio Preto, Mogi das Cruzes, Santo André, Sorocaba, São José dos Campos e São Paulo.
Durante a apresentação, foram detalhadas as possibilidades de uso do novo espaço, que permitirá ampliar significativamente a formação prática nas normas NR-18 (Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção), NR-33 (Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados) e NR-35 (Trabalho em Altura). As atividades incluem treinamentos com andaimes, cadeiras suspensas, ascensores manuais e motorizados, movimentação em espaços confinados e muito mais.
“Ainda existia um enorme vácuo no país quanto a centros de treinamento realmente voltados para práticas seguras em altura, com foco na construção civil. Estamos muito orgulhosos por termos concebido, projetado e instalado este centro com a melhor tecnologia disponível no mundo”, afirma o engenheiro Gulin, presidente da Equipamentos Gulin.
Sobre o centro de treinamento
O novo espaço tem localização estratégica: está situado próximo à estação Tatuapé do Metrô, facilitando o acesso de alunos e profissionais de diversas regiões. O destaque do centro é a presença de seis simuladores, desenhados para proporcionar realismo e segurança em situações de risco controladas.

Centro de Treinamento Senai para proteção contra queda (Foto: Gulin/Divulgação)
No Simulador 1, os alunos entram em contato com conceitos e equipamentos básicos de segurança em altura. São apresentados os diferentes tipos de trava-quedas utilizados no Brasil, desde os primeiros modelos até os mais modernos. Também são ministrados treinamentos com cadeiras suspensas, guinchos, acesso e movimentação em espaços confinados, além de técnicas de movimentação segura em escadas e práticas de resgate.

Simulador para treinamento em Andaimes operado à distância (Foto: Gulin/divulgação)
Já o Simulador 2 aprofunda o conhecimento na movimentação em planos vertical e inclinado. A proposta é que o aluno vivencie desde os métodos manuais de acesso por corda até o uso de ascensores motorizados por corda (Power Ascender). Este simulador é equipado com um plano de inclinação variável motorizado, ideal para simular cenários como telhados e rampas, com passarelas com ou sem degraus.

Equipe Senai/Seconci no primeiro treinamento (Foto: Gulin/Divulgação)
O Simulador 3 aborda as técnicas modernas voltadas para trabalhos em andaimes. Com um sistema que pode ser controlado remotamente pelo instrutor, este módulo proporciona mobilidade ao trabalhador e contribui diretamente para o aumento da produtividade com segurança.
No Simulador 4, o treinamento ocorre com uso de Linha de Vida Horizontal, com foco em áreas de trabalho como telhados, beirais industriais e zonas de carga.
Já os Simuladores 5 e 6 foram projetados para testes e demonstrações: no primeiro, são realizados ensaios estáticos em pontos de ancoragem, com verificação de sua integridade estrutural. No segundo, ocorrem ensaios dinâmicos, simulando testes laboratoriais realizados nos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), o que possibilita uma compreensão prática e visual do desempenho dos equipamentos durante uma queda.

Simulador 1 para conceitos e equipamentos básicos (Foto: Gulin/divulgação)
“A formação do trabalhador não pode ser apenas teórica. É na vivência prática, em ambientes controlados, que se consolida o conhecimento técnico com segurança. Esses simuladores representam o que há de mais moderno em capacitação e serão fundamentais para salvar vidas”, destaca o engenheiro Gulin.

Uso do Simulador 1 com detalhe para movimentação em escadas (Foto: Gulin/divulgação)
A iniciativa também atraiu o interesse do Seconci-SP (Serviço Social da Construção Civil), cujos representantes estiveram presentes à apresentação. A instituição está em tratativas com o Senai para firmar uma parceria nos mesmos moldes da já estabelecida com o Sinduscon. A proposta é que a equipe de instrutores seja ampliada em mais 20 Técnicos de Segurança que atuarão em diversas regiões do Estado de São Paulo.
Padrão elevado de qualidade
Para Gulin, a entrega deste centro é um marco não apenas para a Equipamentos Gulin, mas para o setor prevencionista como um todo. “Neste ano em que completamos cinco décadas de atuação, temos orgulho de oferecer à sociedade brasileira uma infraestrutura que, até então, era inédita em nosso país. É um presente para todos que atuam na prevenção de acidentes e valorizam a vida do trabalhador”, afirma.

Treinamento inicial com uso de Cadeira Suspensa (Foto: Gulin/Divulgação)

Treinamento em plano vertical (Foto: Gulin/divulgação)
Com a torre para treinamentos em montagem, manutenção e reforma de elevadores — projetada e construída pelo grupo Atlas Schindler — já consolidada como referência na América Latina, o Senai Tatuapé agora reforça sua posição como o mais completo centro de formação técnica para a construção civil. A integração dos simuladores ao portfólio da escola representa um avanço essencial no fortalecimento da cultura de segurança no setor.

Testes em pontos de ancoragem (Foto: Gulin/divulgação)
O presidente da Equipamentos Gulin ressalta o padrão elevado de qualidade técnica do novo complexo instalado na Escola SENAI – Tatuapé. “Hoje temos no Brasil um centro de treinamento em proteção contra queda à altura dos melhores do mundo. Nossa meta sempre foi elevar o padrão dos treinamentos, mostrando que é possível conciliar tecnologia, segurança e produtividade. E agora, temos estrutura para isso”, conclui Gulin.

Plano inclinado (Foto: Gulin/divulgação)