A Saúde e Segurança do Trabalho (SST) é essencial para vários segmentos dos mundos do trabalho e quando o assunto reverbera ao funcionalismo público, é crucial não apenas aos servidores, mas também a quem acessa essas edificações, tornando-se um multiplicador dessa inciativa.
A Câmara Municipal de Goiânia, por meio do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (Sesmt) aplicou recentemente um questionário a servidores com deficiência, sobre necessidades e barreiras de inclusão existentes na Casa Legislativa, que posteriormente serão discutidas nas respectivas diretorias. O resultado foi que os servidores sentem a necessidade de itens como apoios ergonômicos, intérprete de libras, melhor disposição de pessoal nas salas e banheiros adaptados, faixa de pedestres e de cadeirantes no estacionamento, entre outras demandas.
“Verificamos muitas questões que não exigem gastos, mas adaptações. A Câmara representa a nossa cidade, talvez o local de mais fluxo e influência da nossa população e deve representar essa iniciativa e valorizar as pessoas com deficiência”, aponta Luiz Sérgio Sigilião, psicólogo do SESMT, à TV Câmara de Goiânia.
Combate ao assédio moral ao servidor público
Já em Minas Gerais, a Assembleia Legislativa se reuniu, por meio da Comissão de Administração Pública, para abordar a relação do assédio no ambiente de trabalho com doenças ocupacionais e transtornos mentais. Deputados cobraram mais rigor no cumprimento da lei Rafaela Drumond (Projeto de Lei Complementar (PLC) 26/23), que tem o objetivo de coibir o assédio moral no serviço público estadual.
Juliana Marques Resende, assessora do Centro Estadual de Apoio às Vítimas – Casa Lilian, do Ministério Público, salientou na ocasião que um dos grandes gargalos é o acesso das vítimas aos serviços de saúde, especialmente no que se refere às questões psicológicas. “As instituições dão pouco suporte ou estigmatizam o paciente da saúde mental. Temos um psicólogo hoje no SUS para atender 10 mil pessoas”, alertou.
“Só a partir da denúncia, a administração pública pode trabalhar de forma efetiva, identificando os assediadores e aplicando as punições cabíveis”, endossou Maria Aparecida Muniz, superintendente de Recursos Humanos da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), frisando que 2024, houve em torno de 1,7 mil casos registrados na Ouvidoria Geral do Estado e em 2025, mais de 1,2 mil.


