Home SST - Tecnologia e Inovação ASO Remoto e IA são o futuro da SST, contudo pesquisa mostra uso limitado

ASO Remoto e IA são o futuro da SST, contudo pesquisa mostra uso limitado

Telemedicina e Inteligência Artificial beneficiam trabalhadores, mas pesquisa revela uso ainda incipiente na SST

Já falamos anteriormente de como a telemedicina é uma ponte para melhorias na saúde dos trabalhadores. E esse recurso já está se popularizando e agilizando processos no público em geral: um estudo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP), como parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) e publicado na revista científica The Lancet, analisou consultas com endocrinologistas nas modalidades remotas e presenciais. O resultado é que as teleconsultas se mostraram importantes, tanto quanto a ida ao consultório.

Entretanto, conforme destaca Rosa Lucchetta, gerente de pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, à Agência Brasil, o foco não foi diminuir a relevância entre uma ou outra forma de contato médico-paciente. “A pesquisa teve o objetivo de mostrar que a teleconsulta é tão boa quanto a consulta presencial. Não estamos a substituindo por um método mais acessível em que a população pode perder em benefícios de saúde, em segurança do seu tratamento”, reforça.

 

Exame ocupacional: presencial ou remoto?

Muito embora o cenário seja favorável, na área de SST essas tecnologias ainda engatinham. Segundo outro levantamento, este da Associação de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional (AGSSO), 30% dos exames ocupacionais no Brasil poderiam ser feitos remotamente, desde que seguidos protocolos clínicos e garantida a autonomia médica.

Juridicamente, a telemedicina é reconhecida no Brasil pela Lei n.º 14.510/2022, mas seu uso em exames ocupacionais ainda é limitado: a Resolução CFM n.º 2.323/2022, por exemplo, proíbe a emissão remota do Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), salvo exceções, que podem ser discutidas, como reexames de baixo risco e retorno ao trabalho após afastamentos administrativos.

“Em exames periódicos simples e sem riscos, a telemedicina poderia beneficiar diretamente os trabalhadores ao evitar deslocamentos desnecessários às clínicas. Mesmo assim, o médico manteria autonomia para encaminhá-los ao presencial caso identifique qualquer necessidade de investigação mais aprofundada. Essa abordagem permitiria que entre 30% e 35% dos exames fossem realizados remotamente, promovendo maior eficiência e melhorando a experiência no atendimento”, afirma, ao Terra, Antonio Martin, presidente da AGSSO.

 

IA na cultura preventiva

Outro assunto envolve a Inteligência Artificial (IA) nas práticas preventivas, como em treinamentos ou no monitoramento da pessoa colaboradora na jornada laboral. Para Manal Azzi, chefe de equipe de políticas em Saúde e Segurança do Trabalho (SST) na Organização Internacional do Trabalho (OIT), a digitalização exerce muitas chances de melhorias, tornando esses ambientes mais seguros.

“Mas para que possamos beneficiar plenamente dessas tecnologias, temos de garantir que as mesmas são postas em prática sem que tal implique correr novos riscos. Os robôs podem substituir o trabalho humano nos ‘ditos empregos 3D’, isto é, sujos, perigosos e degradantes [do inglês para dirty, dangerous, and demeaning]”, comenta.

Foto: Freepik

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