O Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) e a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) se reuniram para alinhar assuntos de normas, práticas internacionais e técnicas aplicadas no que se refere ao carregamento de veículos elétricos. Em julho, o CBMAM editou a Norma Técnica nº 5, que estabelece diretrizes sobre a instalação e segurança dessas estações no estado.
Já na reunião, ocorrida em agosto e, membros dos bombeiros e da associação discutiram sugestões e diretrizes para o âmbito nacional, que estão em pauta no Conselho Nacional dos Comandantes-Gerais dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil (Ligabom). “Nosso compromisso é preservar vidas e patrimônio. Discutir o tema com profundidade e integrar experiências nacionais e internacionais é o caminho para uma regulamentação sólida e eficiente”, frisa coronel QOBM Orleilso Ximenes Muniz, comandante-geral do CBMAM, ao blog Hiel Levy.
Já Associação do setor apresentou resultados sobre a instalação de estações de recarga em edificações comerciais e residenciais, destacando soluções seguras já adotadas em outros países. “É importante a união de esforços, pois queremos contribuir com dados concretos e soluções práticas que garantam a segurança, protejam vidas e facilitem a expansão da eletromobilidade no Brasil”, conta Luiz Freitas, diretor de Infraestrutura da ABVE.
Regramentos para elétricos
Elaborada pela Diretoria de Atividades Técnicas (DAT) do CBMAM, a norma técnica tem como base regramentos nacionais e internacionais, e determina que as estações de carregamento e vagas destinadas aos elétricos precisam manter uma distância mínima de cinco metros de outras vagas, além de proteção contra incêndios, nos casos de locais com tanques de combustível e depósitos.
Dois extintores com capacidade extintora mínima de 4-A:80-BC, a uma distância máxima de 15 metros das vagas de carregamento, bem como o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) são também itens mandatórios, independentemente da edificação.
“Reforço que a norma poderá passar por atualizações, de acordo com as inovações que surgirem no mercado. Atualmente, os incêndios em veículos elétricos são ainda de muito difícil controle. Uma vez iniciada a combustão, não é apenas com água que se combate. São necessárias diversas alternativas combinadas, o que dificulta bastante o controle”, arremata o comandante-geral do CBMAM.