Home SST - Gestão de Riscos Entenda como cientistas da Fiocruz se protegem no desenvolvimento de novas pesquisas

Entenda como cientistas da Fiocruz se protegem no desenvolvimento de novas pesquisas

Vestimentas de proteção, banhos químicos e ambientes controlados estão entre os tópicos que ajudam a manter os profissionais protegidos

Quando pensamos em cientistas que estudam vírus perigosos, a primeira imagem que vem à mente são tubos de ensaio, microscópios e laboratórios de última geração. Mas existe outro lado, menos visível, desse trabalho: a luta diária para que esses profissionais não se contaminem com os mesmos microrganismos que estão investigando.

Durante os testes pré-clínicos para o desenvolvimento da vacina contra a covid-19, por exemplo, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) precisou reforçar ao máximo a proteção em seus laboratórios de alta contenção biológica. Afinal, qualquer descuido poderia trazer riscos não apenas para os pesquisadores, mas também para a população.

 

Novas pesquisas

“Na época não havia vacina, e precisávamos manipular animais infectados com o vírus. O cuidado com a proteção individual e coletiva foi fundamental para que os estudos avançassem em segurança”, explica Rodrigo Muller, médico-veterinário e gerente do Laboratório de Ensaios Pré-Clínicos da Fiocruz.

Como eles se protegem na prática?

A rotina de segurança da Fiocruz é rigorosa e envolve várias etapas que vão além do simples uso de jalecos. Os principais cuidados são:

Macacões e respiradores: funcionam como barreira secundária sobre roupas são hidrorepelentes e feitos de Tyvek®, tecnologia exclusiva da DuPont.

Banho químico: sempre após a manipulação dos animais, os cientistas passam por pulverização com desinfetantes específicos e aguardam 15 minutos para que o produto atue.

Paramentação e desparamentação cuidadosa: vestir e retirar os EPIs é uma das etapas mais críticas, exigindo atenção para evitar que partículas se dispersem no ar e haja contaminação.

Laboratórios de biossegurança nível 3: são equipados com sistemas de ventilação controlada (HVAC), pisos técnicos e até tomadas vedadas para que nenhum vírus escape.

Fluxos rígidos de documentação e inspeções: todo o processo precisa ser validado por órgãos reguladores, como a CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança).

“Graças a essa combinação de equipamentos, infraestrutura e protocolos, os cientistas conseguem estudar agentes perigosos sem comprometer sua própria saúde, um passo essencial para que novas vacinas e tratamentos cheguem até a população com segurança”, descreve Muller.

O aprendizado obtido ao longo dos anos, e principalmente durante a pandemia, segue em uso no dia a dia. Os pesquisadores da Fiocruz ainda lidam com vírus respiratórios, como sarampo, influenza e vírus sincicial respiratório (VSR), que podem causar quadros graves em crianças, idosos e pessoas vulneráveis. “Caso algum dos cuidados seja negligenciado, os próprios profissionais podem acabar infectados”, diz o especialista.

Detalhes sobre as vestimentas

A Fiocruz passou a utilizar macacões e respiradores motorizados com capuz confeccionados em Tyvek®, material desenvolvido pela DuPont que funciona como barreira contra partículas, microrganismos e respingos leves de líquidos não agressivos. Além de ampliar a segurança, os equipamentos oferecem mais conforto e autonomia para os pesquisadores, favorecendo a realização de ensaios em ambientes controlados.

Outra vantagem está no fornecimento já esterilizado das vestimentas, o que elimina etapas adicionais de processamento, contribui para reduzir custos operacionais e garante maior segurança ao impedir que agentes biológicos ultrapassem as áreas de contenção.

“O Tyvek® é de suma importância para a segurança dos profissionais que se dedicam a estudar e desenvolver vacinas. Sem a proteção adequada, seria inviável garantir o avanço dessas pesquisas”, afirma Muller.

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