Já noticiamos aqui em Cipa& Incêndio em relação aos riscos físicos e mentais que os trabalhadores que atuam em frigoríferos podem correr e a importância de seguir as Normas Regulamentadoras para mitigar tais problemas.
Recentemente, o SENAI, por meio do Instituto de Alimentos e Bebidas do Centro de Inovação e Tecnologia (CIT), realizou o Workshop Conexão SENAI – Indústria de Carnes: Inovação e Qualidade, que reuniu especialistas e representantes do setor em Belo Horizonte, MG, com propósito em levar conhecimento no que se refere à segurança nesse ambiente laboral (frigoríferos e açougues).
“O treinamento busca apoiar as indústrias na construção de uma nova mentalidade voltada à inovação. Queremos que os profissionais desenvolvam uma mentalidade mais inovadora, que enxerguem melhores oportunidades para transformar seus processos, serviços e produtos”, afirma Carla Gonçalves, gerente do Centro de Inovação do SESI em Ergonomia.
Assinatura
Um dos destaques foi a assinatura de um Termo de Cooperação Técnica entre o CIT SENAI e o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no estado (Sinduscarne).O acordo permite que associados tenham acesso a consultorias, pesquisa, desenvolvimento e inovação, análises laboratoriais para controle de qualidade, emissão de laudos técnicos e capacitações.
“O sindicato tem atuado para fortalecer e dar suporte às empresas do setor e essa parceria vai garantir preços mais acessíveis e ampliar as opções de serviços especializados aos frigoríficos, contribuindo para oferecer ao mercado uma carne segura e de alta qualidade”, comenta Fernando Tornelli, vice-presidente do SINDUSCARNE.
Atenção ao colaborador dos frigoríficos
A saúde do trabalhador é primordial para que a jornada de trabalho seja com menos riscos. Uso de ferramentas cortantes e máquinas, como serras e moedores de carne, são os principais pontos a serem cuidados, bem como a falta de treinamento adequado, uso incorreto de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), exposição ao frio e condições de trabalho inadequadas podem aumentar a incidência de acidentes.
“As câmaras frias devem possuir dispositivo para abertura das portas pelo interior, além de alarmes ou outros mecanismos que possibilitem avisos em casos de urgência.Segundo orienta o item 36.2.10.1.1 da NR-36, as câmaras frias cuja temperatura for igual ou inferior a -18 °C devem possuir indicação do tempo máximo de permanência no local”, descreve Dr. José Aldair Morsch, cardiologista e diretor-técnico na Morsch Telemedicina.