Home SST - Saúde Ocupacional Programas de saúde mental, que envolvem uma abordagem holística, promovem melhorias aos funcionários

Programas de saúde mental, que envolvem uma abordagem holística, promovem melhorias aos funcionários

Assunto recorrente aqui em Cipa, a saúde mental é também uma pauta que precisa ser discutida dentro do ambiente laboral, especialmente com as mudanças tão drásticas que vivenciamos, como a Covid-19 e as novas formas de se trabalhar. Uma abordagem holística pode ajudar bastante.

E não é para menos: estudo da consultoria Deloitte mostrou que para 68% dos funcionários e 81% dos executivos entrevistados, melhorar o bem-estar é mais importante do que progredir na carreira. Já para 80% das organizações ouvidas, o bem-estar dos colaboradores é uma parte crucial da sua estratégia de negócio, sendo que 61% planejam investir mais em programas relacionados nos próximos anos.

 

Abordagem holística

 

Oferecer um clima organizacional saudável, encontrando o equilíbrio entre o desempenho e aprimoramento das relações entre colaboradores é a fórmula considerada ideal para diminuir os casos de transtornos psicológicos: “Finalmente, as empresas estão se dando conta que bem-estar vai além do corpo.A abordagem holística reconhece a interconexão do bem-estar físico, mental, emocional e social dos indivíduos. Sendo assim, as empresas têm percebido a importância de se criar um canal de comunicação seguro aos colaboradores, que possam expressar suas necessidades”, explica Inês Telma, terapeuta comportamental, à Folha de Vitória.

Mas os programas de bem-estar realmente funcionam?

Se ainda há dúvidas, um dado pode comprovar: segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada dólar investido em programas de bem-estar, as empresas podem esperar um retorno do investimento (ROI) de aproximadamente 4 a 6 dólares, devido à melhoria da produtividade e custos reduzidos.

Contudo, se faz necessária a busca por parte das organizações e também das pessoas por programas de saúde mental idôneos ou com uma abordagem holística, e que se encaixem conforme cada caso. “O tema deve ser estudado com maior profundidade. Vale lembrar que não há soluções prontas ou mágicas que se apliquem à todas as organizações”, argumenta Alberto Ogata, doutor em Saúde Coletiva pela Universidade de São Paulo (USP), em artigo para o site RH pra Você.

Ele cita um termo em inglês que está aparecendo muito, o “wellness-washing”, ou seja, a oferta de serviços individuais de bem-estar sem modificar as condições de trabalho, que podem ser tóxicas e ainda mascarar situações piores, como o assédio moral. “Os gestores dos programas de bem-estar nas organizações devem aliar as iniciativas individuais com a melhoria das condições de trabalho, sempre ouvindo a voz do trabalhador (suas necessidades e interesses) e realizar avaliações constantes do seu impacto”, endossa.

Inês concorda e acrescenta que a comunicação dentro do ambiente corporativo sobre o tema deve ser aberta, eliminando estigmas e incentivando a procura de apoio capacitado. “As empresas mais sensibilizadas têm investido na promoção do bem-estar e no acesso a serviços de saúde mental para enfrentar esse desafio no local de trabalho. Sendo assim, a adoção de terapias que promovam um alívio, reduzindo o estresse e o esgotamento é vista como um caminho sem volta rumo ao ganho de produtividade e satisfação”, afirma a terapeuta.

 

Boas práticas

 

Um exemplo de boas práticas vem de Alagoas. O Centro de Referência Regional de Saúde do Trabalhador de Maceió (Cerest) realiza ações de conscientização sobre a importância da saúde mental, desmistificando tabus e promovendo o cuidado psicológico em todas as esferas da sociedade. Para tanto, foi feita a elaboração de material informativo, bem como palestras educativas em unidades de saúde, em que profissionais e pacientes, na promoção de um ambiente de cuidado e apoio mútuo.

Isso se estendeu para além dos muros do ambiente hospitalar, já que as equipes se deslocaram para supermercados da região, orientando sobre segurança no trabalho e ergonomia: “A nova portaria do Ministério da Saúde (Nº1999/2023) lista uma série de diagnósticos de transtornos mentais e comportamentais que podem ser causados ou agravados pelo trabalho, reforçando a necessidade de uma abordagem integrada na promoção da saúde mental no contexto laboral”, enfatiza Analinne Maia, psicóloga e responsável pela vigilância dos transtornos mentais e violências relacionadas ao trabalho na Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS) local.

 

Foto: Analinne Maia – Cerest Maceió, AL

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