Home SST - Saúde Ocupacional Síndrome de Boreout: quando o tédio pode prejudicar a saúde do trabalhador

Síndrome de Boreout: quando o tédio pode prejudicar a saúde do trabalhador

Pesquisas mostram que o boreout vem de um cenário com pouco estímulo ao desenvolvimento dos trabalhos e sem uma identificação com as tarefas que estão sendo realizadas

Se o excesso de trabalho está cada vez mais adoecendo as pessoas no ambiente laboral (Burnout), a falta de tarefas, desafios e sensação de subutilização no trabalho também impacta negativamente. Chamada de Síndrome de Boreout (vinda do inglês “bored”, algo como entediado), o problema é caracterizado pelo tédio extremo, manifestando-se de forma silenciosa e até mesmo imperceptível, afetando a saúde mental e emocional dos trabalhadores, e, consequentemente, nos resultados das empresas.

Para Eliane Aere, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos São Paulo(ABRH-SP), à EXAME, por muito tempo foi associada a produtividade em relação à quantidade massiva de tarefas a serem cumpridas dentro do ambiente de trabalho. Contudo, a produtividade real vem do engajamento genuíno e da conexão com um propósito, e o desestímulo torna-se um agente nocivo às pessoas.

 

Cuidados para evitar o boreout 

 

E isso é bem mais comum que se imagina: Uma pesquisa com 12 mil trabalhadores em 75 países, realizada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), revelou que uma em cada quatro pessoas não se sente valorizada no trabalho. Geovana Figueira Gomes, psicóloga pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FFCLRP-USP), frisa que o boreout vem de um cenário com pouco estímulo ao desenvolvimento dos trabalhos e sem uma identificação com as tarefas que estão sendo realizadas.

É importante se atentar aos sintomas do problema: “Cuidar da saúde mental é um benefício para trabalhadores e empregadores. Ao identificar apatia, irritabilidade e desmotivação, o trabalhador tenha a possibilidade de ter trocas dentro do ambiente de trabalho, de mudar a rotina, mas também ficar muito atento. Quando os sintomas ficarem mais graves, buscar ajuda externa, principalmente a psicoterapia”, comenta a profissional, ao Jornal da USP.

Boreout é mais do que evitar o tédio, mas garantir que as pessoas sintam pertencentes e que estão em um ambiente de constante crescimento, salienta, ao Migalhas, Alessandra Xavier de Oliveira Coelho, advogada,sócia e diretora Administrativa da Jacó Coelho Advogados.

“Isso impacta diretamente o clima organizacional e o desempenho das equipes, e é nesse ponto que o papel dos líderes e do Recursos Humanos se torna ainda mais essencial. Não basta apenas oferecer benefícios. É preciso construir um ambiente vivo e também é necessário estar atento à legislação e aos riscos jurídicos, como ações trabalhistas por danos morais ou assédio institucional. Mas, antes disso, é preciso cuidar de gente”, conclui.

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