Home SST - Prevenção de Acidentes Dia do TST e Engenharia de Segurança mostra que trabalhadores exigem resiliência e prevenção  

Dia do TST e Engenharia de Segurança mostra que trabalhadores exigem resiliência e prevenção  

A data que celebra as profissões de Engenharia e Técnico de Segurança do Trabalho (27 de novembro) mostra uma realidade alarmante no Brasil: 76% dos trabalhadores, formais e informais, não têm qualquer orientação em SST. Solução para evitar acidentes e mortes está na resiliência, capacitação e investimentos mais específicos para prevenção

Para quem atua na área de SST, o mês de novembro é lembrado pelo Dia da Engenharia de Segurança do Trabalho. A data homenageia a Lei nº 7.410, de 27 de novembro de 1985, que regulamentou a profissão e também marca o Dia do Técnico em Segurança do Trabalho, pois a mesma lei regulamentou as duas profissões no mesmo dia.

Muito embora esses profissionais sejam de extrema na antecipação de riscos – o que envolve a promoção e aplicação da cultura preventiva –, a realidade não é a das melhores no país:  segundo Raul Casanova Junior, diretor Executivo da ANIMASEG (Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho), 58% das pessoas trabalhadoras com carteira assinada atuam em empresas com mais de 50 funcionários, ou seja, o limite mínimo estabelecido pela Norma Regulamentadora 4 (NR-4) para presença mandatória de técnicos, engenheiros, médicos e enfermeiros do trabalho.

O especialista escreve em um artigo que, ao somar as pessoas que não se enquadram na legislação trabalhista (59%) e os formais sem suporte (42% dos 41% registrados), chega-se aos alarmantes 76% de trabalhadores brasileiros não têm qualquer orientação em SST.

Para Roberto César de Moura Silva, professor e coordenador do curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho da Universidade de Fortaleza (UNIFOR), da Fundação Edson Queiroz (CE), a Engenharia de Segurança do Trabalho desempenha um papel essencial na interrupção de riscos de acidentes, aplicando conhecimentos técnicos e metodológicos.

“Porém, exige-se investimento, uma gestão focada em políticas voltadas à segurança nas organizações, além de um suporte governamental relacionado às NRs. O maior desafio está na implementação de uma cultura comportamental de saúde e segurança por parte de algumas organizações que não pensam fora da caixa e tratam isso de forma reativa e não prevencionista”, salienta o professor.

 

Engenharia de Resiliência

Durante a 10ª Semana CapacitaSit – Nova Visão de Segurança, organizada pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT/MTE) e a Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), foram abordadas as estratégias para a chamada Engenharia de Resiliência.

Trata-se de uma nova modelagem de SST, ou Segurança 2, valorizando o conhecimento e a participação do trabalhador. Por ser uma ação coletiva, trabalhadores e profissionais de segurança do trabalho apoiam-se juntos, substituindo “o modelo tradicional, baseado em investigação de acidentes, controle rígido e punição”, informa a Fundacentro.

“Precisamos entender que a realidade das empresas está em sistemas sociotécnicos altamente complexos, pautados na imprevisibilidade. Por melhor que nos preparemos para evitar acidentes, precisamos ter em mente isso e, principalmente, compreendermos e valorizarmos os fatores humanos. Um ambiente de trabalho onde o silêncio está implicado, onde os riscos não são ditos, pode-se alimentar e resultar em um grande acidente de trabalho”, enfatizou um dos palestrantes, Josué Eduardo Maia França, pós-doutor em Fatores Humanos em Treinamentos de Segurança pela Linnaeus University (Human Factors in Safety Training, do inglês), Suécia, que falou de aplicações da engenharia de resiliência.

 

Investimentos

A valorização das pessoas implica também o investimento em conhecimento, equipamentos e inovação e iniciativas despontam para tal. Em São Paulo, o Serviço Social da Indústria do Estado (Sesi-SP) pretende investir até R$ 10 milhões para empresas paulistas inovarem nesse quesito por meio do programa SESI TECH, com foco em soluções e tecnologias.

As inovações englobam os temas redução de acidentes, de custos com Saúde Ocupacional, melhoria de performance e bem-estar, além de proporcionar ambientes mais seguros e produtivos. Os resultados das propostas inscritas serão conhecidos em janeiro de 2026.

“Ao investir em soluções tecnológicas, estamos contribuindo para ambientes industriais mais seguros, produtivos e sustentáveis, com impacto direto na qualidade de vida das pessoas e na competitividade das indústrias”, diz Jeferson Sakai, gerente de Saúde e Segurança na Indústria do Sesi-SP.

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