Uma reação química com resíduo da substância piridina resultou em explosão em uma empresa no Distrito Industrial de Montes Claros, MG, mobilizando o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), com duas equipes deslocadas para o local.
De acordo com a corporação, equipes do Plano de Emergência para Atendimento a Acidentes com Produtos Perigosos (PEMAD) e do 7º Batalhão de Bombeiros Militar do estado isolaram o local e prestaram atendimento, além de orientarem os técnicos da empresa afetada sobre destinação correta do resíduo e descontaminação do local, por meio de empresa contratada para esse fim.
“O Núcleo de Emergências Ambientais (NEA) também foi acionado, e a área passou por monitoramento para controle de riscos secundários, como incêndio, novas explosões ou intoxicações”, informa notícia da Revista Tempo.
Esse exemplo retrata a importância dos bombeiros em ocorrências que envolvam acidentes e incidentes com produtos perigosos, tema pertinente e de constante atualização entre as corporações.
Comitê Nacional de Produtos Perigosos
Durante a edição do Congresso Nacional de Bombeiros Militares (Conabom), em ocorrida em agosto na cidade de Fortaleza, CE, representantes de vários estados discutiram pautas desse assunto no Comitê Nacional de Produtos Perigosos.
Trata-se de um espaço estratégico para trocar experiências, formular diretrizes e desenvolver integrações em ocorrências com substâncias químicas, biológicas, radiológicas e nucleares (QBRN), garantindo uma padronização nesses atendimentos.
“Tratamos da possibilidade de o comitê atuar como difusor de uma doutrina nacional para especificação de equipamentos destinados a todos os corpos de bombeiros militares do Brasil. Também discutimos a criação de grupos de trabalho com foco no mapeamento de áreas de risco de desastres químicos”, comenta tenente-coronel BM Alan Guanais, do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA), que ocupa a vice-presidência do comitê.
Intercâmbio
Como ressaltado, acionar a expertise entre as corporações é primordial não apenas para nivelar técnicas e táticas, mas também compartilhar informações, vivências, pontos positivos e a melhorar nessas ações que têm em seu DNA a alta complexidade.
Como no caso do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), que recebeu recentemente alunos do 2º Curso de Operações com Produtos Perigosos do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO), para instruções práticas especialmente no que se refere à detecção desses agentes.
“As atividades foram conduzidas por especialistas do CBMDF e abrangeram o uso de equipamentos de detecção, análise de cenários operacionais e procedimentos técnicos para reconhecimento de riscos químicos. Isso reforça a integração entre as corporações e contribui diretamente ao aprimoramento das respostas nessas emergências”, frisa comunicado.
Segundo o CBMGO, o curso ocorreu entre os meses de maio e julho e ao todo, 22 militares de Goiás e outros estados (Acre, Amapá, Minas Gerais), incluindo o Exército Brasileiro, participaram de técnicas de contenção, procedimentos de descontaminação e estratégias de mitigação de danos, sem deixar de se atentar para a atuação segura nessas emergências envolvendo todos os entes, de bombeiros, vítimas até a comunidade do entorno.
